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Homem é encontrado pela família após passar oito meses no Hospital de Base

Após ser atropelado, ele perdeu a memória e a fala. Parentes localizaram o rapaz por meio de postagens da Secretaria de Saúde em redes sociais

atualizado

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1 de 1 HBDF - Foto: SES-DF/Divulgação

Foram mais de quatro anos separados. Mas, depois de tanto tempo, a família do paciente que estava no Hospital de Base havia oito meses finalmente pôde se reunir. Foi graças às redes sociais que o casal de maranhenses Luiz Evandro Rodrigues Pinheiro, 49 anos, e Adelaide de Sousa Pinheiro, 46, vai poder levar o filho José Ribeiro de Sousa Neto, 28, para casa.

José Ribeiro, que estava desaparecido desde 2011, passou os últimos meses internado em Brasília. “Nem sabia que ele estava aqui. A gente soube que ele estava aqui por um sobrinho meu, que viu na internet”, conta Adelaide.

Os pais do paciente que não lembrava do próprio nome viajaram três dias de ônibus. Eles são do povoado de Altamira, perto de Alto Alegre, no interior do Maranhão. Sem recursos, contaram com a ajuda da vizinhança, que fez uma vaquinha para comprar as passagens de ônibus.

A dona de casa Adelaide não sabe como José Ribeiro veio parar na capital federal. Ela conta que o menino sofre de depressão. Os sintomas da doença foram diagnosticados depois da morte do avô materno, que também se chamava José Ribeiro de Sousa, há sete anos. “Ele era muito apegado a meu pai. Sofreu bastante com a morte dele”, conta Adelaide.

Mas ela quer esquecer os problemas e comemorar junto dos amigos e dos parentes que ficaram em Altamira a volta do filho recém-encontrado. A festa que marcará o retorno ao Maranhão já está garantida. “Vou fazer uma sopa de frango que ele gosta muito. Daqui mesmo já vou ligar para o pessoal providenciar os ingredientes”, antecipa Adelaide, que tem mais dois filhos.

Atropelado
José Ribeiro foi internado no Hospital de Base em maio do ano passado, quando sofreu um atropelamento nas ruas de Brasília. Sem documentos e com ferimentos graves, teve de ficar na unidade de tratamento intensivo (UTI) por causa do acidente. Depois do período, passou para a enfermaria. Mas, devido às sequelas do trauma, não se lembrava ao certo quem era. Ele também não conseguia pronunciar palavras.

Sem pistas da origem do paciente, a Secretaria de Saúde começou a postar imagens do rapaz nas redes sociais em julho do ano passado. Meses depois, a campanha parecia ter fracassado. Mas, no início de janeiro, um telefonema deu novas esperanças ao caso. Uma família do interior do Maranhão entrou em contato com a secretaria após identificar a foto do filho na postagem.

Depois de checarem que se tratava de fato do filho perdido, os pais fizeram questão de buscá-lo. Nos últimos dias, estão morando no Hospital de Base devido à condição humilde. Eles devem retornar ao Maranhão, desta vez reunidos, em breve.

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