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Homem de 27 anos é a 13ª vítima do Tarado do Parque no DF

Segundo depoimento, ele não sabe se foi alvo de crime sexual, mas teve o celular roubado pelo crimininoso

atualizado

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Reprodução/PCDF
Tarado do Parque
1 de 1 Tarado do Parque - Foto: Reprodução/PCDF

O número de vítimas de João Batista Alves Bispo, 41 anos, conhecido como Tarado do Parque, subiu para 13, nesta terça-feira (13/10), após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) receber mais um relato. Dessa vez, o crime teria ocorrido em 9 de setembro contra um homem de 27 anos.

Conforme narrado pela própria vítima, ele conheceu o autor no Parque da Cidade quando tomou o “boa noite Cinderela”. Após acordar grogue, subiu na própria moto e saiu dirigindo sem rumo. O homem diz que só retomou a consciência quando caiu do veículo, em Samambaia.

De acordo com o depoimento, a vítima não sabe se foi alvo de crime sexual, mas diz que teve o celular roubado.

Números crescem

Na última sexta-feira (9/10), a 12º pessoa alvo do Tarado prestou depoimento. Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o depoente relatou ter sido abordado pelo criminoso em 12 de maio deste ano com uma promessa de emprego.

Durante a conversa, o Tarado do Parque ofereceu a ele um refrigerante que continha a droga conhecida como “boa noite cinderela”. Segundo relatos do jovem, ele se recorda somente de ter acordado na Padaria Roma, localizada no Gama.

A vítima não se lembra de onde passou a noite ou dos trajetos feitos na companhia de seu algoz. Além dele, em um dos casos, o maníaco ofereceu R$ 1 mil para transar com um jovem de 18 anos diagnosticado com transtorno mental. A mãe da vítima descobriu o assédio e denunciou o suspeito.

O episódio ocorreu em 2013, um indicativo de que João Batista age há muitos anos. Segundo os investigadores, na época, foi instaurado inquérito policial por estupro de vulnerável, contudo, nesse caso, ele acabou absolvido.

Segundo o delegado chefe da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Marcelo Portela, o acusado tinha um modus operandi: obtinha a confiança das vítimas para, depois, dopá-las e abusar sexualmente delas. Em muitos casos, ele ainda roubava os pertences.

“Temos convicção de que ele vai passar longos anos na cadeia. As vítimas são todas do sexo masculino”, disse.

Série de ataques

Apuração feita pelo Metrópoles aponta que João Batista atua desde 2008, quando abusou de um adolescente, na época com 16 anos. Para concretizar a violência sexual, o suspeito pediu ajuda para mudar uns móveis. Já em 2010, o tarado tentou fazer mais uma vítima, mas essa conseguiu escapar.

Em pelo menos dois casos as vítimas abriram inquérito, mas depois desistiram de dar prosseguimento. Um deles, em 2017, quando um jovem de 18 anos foi abusado em Planaltina. E, o segundo, em 2018, envolvendo um outro rapaz de 22. Nos dois casos, João Batista dopou os homens.

Em janeiro deste ano, o acusado teria matado uma vítima por overdose ao exagerar na dose do remédio. O criminoso usou o celular dela por alguns meses e a polícia encontrou o tênis do homem no apartamento de João Batista. Além desse crime, o Tarado do Parque teria feito pelo menos mais seis vítimas só em 2020.

Mexicano

Em janeiro, um mexicano de 25 anos foi roubado e abusado pelo criminoso. Já em março, ele estuprou um jovem de 16 anos após oferecer emprego em uma pizzaria e receber o currículo do rapaz. A vítima acordou com sangramento no ânus e o caso foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Em maio, há indícios de o acusado ter violentado e roubado um homem também no Parque da Cidade. A vítima chegou a ficar hospitalizada com o maxilar fraturado.

Dois meses depois, João Batista teria roubado o celular de um homem de 36 anos, mas não houve abuso sexual.

Porém, em agosto, ele voltou a atacar, dessa vez na área externa do Shopping Conjunto Nacional. Além da violência, contra um homem de 37 anos, ele roubou da vítima sua motocicleta, celular, jaqueta e carteira.

Em outro caso, um homem de 32 anos teve seu celular roubado, mas alega não ter sido abusado pelo maníaco.

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