Homem dá soco em boca de lésbica em frente a boate: “Tu não é macho?”
Imagens mostram as agressões, que acabaram causando confusão na porta da casa de eventos. Vítima explica o caso ao Metrópoles
atualizado
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Um homem agrediu duas mulheres na porta de uma casa de festas localizada na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras, na madrugada da última segunda-feira (4/11). O autor deu socos e chutes nas vítimas, que ficaram com ferimentos na boca, nos braços e nas pernas.
Karina Borges, 41 anos, que é lésbica, é uma das vítimas. Ela explica ao Metrópoles que o caso aconteceu por volta das 4h, já no fim do evento. Ela estava com uma amiga e um amigo, quando outro grupo de pessoas teria incitado uma discussão verbal.
“Eles chamaram o meu amigo de ‘lixo’, sem motivo nenhum. O meu amigo respondeu, e aí esse cara veio pra cima da gente”, conta Karina.
A partir daí, as agressões físicas teriam tido início. “Ele deu um murro no nosso amigo que o deixou desmaiado. Depois, veio para cima de mim, deu uma bicuda nas minhas pernas, e eu caí na hora. Em seguida, ele foi para cima da minha amiga e deu um murro na boca dela”, explica. “Eu fui para o hospital com muita dor na perna, estou com a perna enfaixada; a minha amiga está com a boca toda estourada.”
A mulher acusa o homem de ter sido homofóbico. “Antes de bater na minha amiga, ele ainda falou: ‘Você não é macho?! Então toma’. Ele a atacou por ela ser lésbica.”
Karina relata que, depois disso, outros homens que presenciaram a cena começaram uma luta corporal com o agressor, registrada nos vídeos. “Eles estavam tentando nos defender, porque o cara estava batendo em mulher”, relembra.
A vítima diz que não conhecia o homem. Ela registrou boletim de ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), na esperança de vê-lo pagar pelas agressões. “Estamos atrás dele, queremos saber quem é esse homem. Ele é um perigo para a sociedade, agredindo mulheres desse jeito. Nós queremos justiça”, finaliza Karina.
O autor das agressões ainda não foi identificado. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) não chegou a ser acionada. A 21ª DP investiga o caso.