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Homem atropelado em parada de ônibus sonhava em ser pai

Deivid da Silva Alves foi atingido por um motorista alcoolizado nesta sexta-feira (16/10). Funcionário da Abin, ele tinha “coração gigante”, conta a irmã

atualizado

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Arquivo Pessoal
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1 de 1 deivid - Foto: Arquivo Pessoal

Aos 30 anos recém-completados, Deivid da Silva Alves colecionava planos para o futuro. Ele tinha a intenção de comprar um carro, viajar para a Bahia no fim do ano e ter um filho com a esposa, Nádia Gomes. No entanto, esses projetos foram interrompidos em mais um caso que mostra o impacto causado pelo álcool no trânsito.

O auxiliar de limpeza morreu nesta sexta-feira (16/10), segurando a mochila, ao ser atingido por um motorista embriagado. Ele acabava de descer do ônibus que o levaria a mais um dia de trabalho na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A enfermeira Letícia Souza lamentou o acidente que tirou a vida do irmão e disse temer que o estudante Davi Alves Carvalho — flagrado no teste do bafômetro — não responda pelos atos. “No Brasil, se você tem dinheiro, é complicado ser alvo da Justiça. A lei só funciona para o pobre”, lamentou.

O motorista — que será defendido pelo pai, um advogado —, foi enquadrado por homicídio doloso, quando assume a intenção de matar.

Rotina
Letícia lembrou a rotina regrada do irmão, que se levantava pontualmente às 4h e pegava o ônibus das 5h, em Samambaia, para chegar ao trabalho, no Setor Policial Sul, às 6h20 — 40 minutos mais cedo do que o necessário.

Arquivo Pessoal
Deivid e a mulher, Nádia Gomes

 

Evangélico do “coração gigante”, Deivid tinha comportamento caseiro e fazia questão de ser prestativo, segundo a irmã. “Ele é quem preparava a comida de casa para a mulher, com quem estava casado havia quase três anos. Ele colocava o feijão para cozinhar, lavava banheiro e tudo”, completou Letícia.

Sofrimento
O cargo na Abin surgiu após indicação do pai dele, um suboficial da agência, há cinco anos. “Em 2010, meu pai teve um tumor no cérebro e perdeu parte do olfato, da visão e da memória. Mas, apesar disso tudo, hoje ele chora porque ‘perdeu o grandão dele’, perdeu o meu irmão de 1,93m.”

Por causa da greve de técnicos do IML, o enterro, inicialmente previsto para as 9h da manhã deste sábado (17/10) foi adiado porque o corpo não pôde ser liberado a tempo. O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa do motorista que causou o acidente.

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