Suspeito de estuprar estudante na UnB se apresenta e nega crime
Homem foi à universidade explicar versão dele dos fatos e seguiu para unidade policial. Abuso teria acontecido nessa sexta-feira
atualizado
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O homem acusado de estuprar uma estudante de 18 anos na Universidade de Brasília (UnB) se apresentou à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) neste sábado (9/7). A informação foi confirmada na delegacia e pela própria universidade. Contudo, não foram passadas informações sobre a identidade do suspeito.
Segundo a UnB, a instituição de ensino foi procurada pelo próprio acusado, que deu outra versão sobre o que teria acontecido no campus universitário. Em seguida, ele seguiu para a unidade policial. Não foram informados detalhes do relato.
“A Universidade esclarece, ainda, que a Prefeitura da instituição entregou para a Polícia Civil imagens da noite de sexta-feira (8/7) captadas pelo seu sistema de videomonitoramento. As imagens mostram a estudante saindo do Restaurante Universitário acompanhada por um homem que corresponde às descrições feitas por ela”, disse a UnB em nota.
O caso
Como revelou o Metrópoles, a vítima de 18 anos sofreu a abordagem do abusador, por volta das 20h, dessa sexta-feira, após deixar o Restaurante Universitário. Alunos da própria universidade denunciaram o caso à reportagem.
O suspeito teria rendido a vítima com uma espécie de canivete. O ataque ocorreu por trás, em um trecho escuro e pouco movimentado entre o RU e o Instituto Central de Ciências (ICC). A jovem teria tentado gritar, mas o criminoso, segundo contou a vítima, tampou a boca dela e encostou a arma na barriga. Em seguida, levou a aluna para um local ermo e a abusou sexualmente.
Durante o estupro, três estudantes passaram pelo local, o que obrigou o acusado a interromper o ataque. Em seguida, ele encostou o canivete novamente na barriga da vítima para impedi-la de pedir socorro. Mas, ao se afastar um pouco do corpo dela, a jovem conseguiu se desvencilhar dele, pegou a mochila e saiu correndo.
A estudante conseguiu chegar até a sala de aula e pediu ajuda a um professor, que acionou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ela informou que não conseguiu ver o rosto do suspeito, mas disse que ele era forte, alto e usava calça jeans. A vítima também detalhou que ele exalava um cheiro muito forte, mas não parecia ser morador de rua.
UnB repudia
Em nota, a instituição afirmou que “qualquer tipo de assédio, abuso ou violência sexual é inaceitável e precisa ser rigorosamente punido.”
Segundo a UnB, a Administração Superior, docentes, o serviço de saúde e a equipe de segurança da instituição estão em contato com a estudante e sua família, “dando todo o apoio necessário”.
“A Universidade também está em diálogo com a Delegacia da Mulher para colaborar com as investigações, inclusive com o envio de imagens das câmeras de monitoramento”, acrescentou a instituição.
Além disso, o Comitê de Segurança da UnB informou que “está empenhado com a melhoria da iluminação, em fortalecer nossas campanhas de comunicação para melhorar a segurança e em capacitar nossos agentes.”
“Colocamos câmeras em todos os campi, e estamos ampliando o nosso sistema de videomonitoramento, que conta com mais de 500 câmeras e tem ajudado a resolver crimes e a prevenir situações de perigo”, destacou.
Por fim, a UnB ressaltou que “o Campus Darcy Ribeiro é todo aberto e integrado com a Asa Norte. Assim, a Universidade também trabalha em articulação com a Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar e com o Corpo de Bombeiros para que tenhamos uma Universidade e uma cidade mais segura.”
O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam).
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