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Hmib retoma atendimentos na Unidade de Reprodução Humana

Casais e mulheres com dificuldades para engravidar e que desejam ter filhos voltarão a ser atendidos: fila tem mais de 6 mil interessados

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Geovana Albuquerque/Agência Saúde
diretora do centro de ensino e pesquisa em reprodução assistida do Hmib Rosaly Rulli_Geovana Albuquerque_Agência Saúde
1 de 1 diretora do centro de ensino e pesquisa em reprodução assistida do Hmib Rosaly Rulli_Geovana Albuquerque_Agência Saúde - Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

O atendimento a casais e mulheres que desejam ter filhos e enfrentam dificuldades para engravidar foi retomado no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). O serviço estava suspenso havia 7 meses, devido à pandemia de Covid-19. Com a volta dos atendimentos, a equipe da Unidade de Reprodução Humana e Endoscopia Ginecológica do hospital já está em contato com as mais de 6 mil pessoas que estão na fila de espera e começou a agendar as consultas com especialistas.

Segundo a Secretaria de Saúde, com a redução da taxa de transmissibilidade da Covid-19 no Distrito Federal, todas as medidas de segurança foram tomadas para recomeçar as atividades no Hmib. Laboratórios e espaços de consultas foram higienizados e desinfetados. Além disso, houve a medição do pH das incubadoras que guardam os embriões congelados e teve início a preparação das pacientes para retomar todo o ciclo do tratamento, que pode levar meses.

A unidade ainda representa o maior atendimento do hospital, visto que a reprodução humana engloba várias áreas, como fertilização assistida, endocrinologia e endoscopia ginecológica. Uma equipe multidisciplinar atua no setor, com enfermeiros, biólogos, geneticistas, andrologistas, assistentes sociais e psicólogos.

“Nosso serviço não é só um produtor de bebês. É um realizador de sonhos, de vidas. A nossa satisfação é a satisfação dos casais que tentam há bastante tempo ter filhos e, por uma série de motivos, não conseguem. Tudo é voltado para atender os casais”, afirma a diretora do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida (Cepra) do Hmib, Rosaly Rulli (foto em destaque).

Para os profissionais da equipe, como o biológico Victor Edgard, a maior recompensa do seu trabalho é ajudar quem há anos tenta engravidar e não consegue. Um dos momentos mais gratificantes é quando a equipe e os pacientes organizam a festa anual com os pais e bebês que nasceram graças ao trabalho da unidade, diz o especialista. “É de arrepiar. Vale a pena toda a trabalheira para, no final, ver os pais agradecidos. Quando vemos a alegria daquele casal, não tem preço”, destaca.

Oficialização do serviço

A unidade é um dos poucos hospitais públicos do Brasil que possui o serviço de reprodução humana assistida voltada à atenção integral da saúde reprodutiva do casal infértil. Apenas São Paulo e Rio Grande do Sul têm locais com características semelhantes às do Hmib. A unidade existe há 22 anos e já soma mais de 400 nascimentos. De mais de 4 mil tratamentos efetivamente realizados, a taxa de sucesso chega a 30%.

A retomada das atividades coincidiu com outra boa notícia: a Unidade de Reprodução Humana foi reconhecida oficialmente pelo colegiado gestor do Hmib como parte da estrutura interna do hospital, depois de 22 anos de atividades. Com isso, os serviços oferecidos pelo setor poderão ser padronizados, por exemplo nomeando profissionais específicos para a área de reprodução humana, o que aumentará a oferta do serviço.

“Terá recurso humano direcionado para esse serviço, ao invés de contabilizar dentro da ginecologia como um todo”, explica a diretora do Hmib, Marina da Silveira. A unidade também poderá receber diretamente os insumos hospitalares específicos para a reprodução humana, com compras regulares, ao contrário de serem diluídos no contexto geral do Hmib. A novidade abre portas, inclusive, para um futuro cadastro no Ministério da Saúde, com possibilidade de receber recursos federais.

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Atendimentos ficaram suspensos por 7 meses, devido à pandemia da Covid-19
A maternidade do Hmib é uma das referências no DF
Unidade de Reprodução Humana do Hmib tem 22 anos: apenas SP e RS têm estrutura semelhante
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A retirada da massa embrionária ocorreu com sucesso e a bebê já recebeu alta hospitalar

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Atendimentos ficaram suspensos por 7 meses, devido à pandemia da Covid-19

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A maternidade do Hmib é uma das referências no DF

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Unidade de Reprodução Humana do Hmib tem 22 anos: apenas SP e RS têm estrutura semelhante

Tony Winston/Agência Brasília
Como ter acesso ao tratamento?

Para ter acesso ao serviço da Unidade de Reprodução Humana, o primeiro passo é procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais perto de casa e agendar um horário com a equipe de Saúde da Família. Os profissionais irão encaminhar os pacientes para consulta com um ginecologista e, de lá, serão direcionados para o hospital da região, onde há o atendimento por uma equipe multiprofissional. Por fim, passadas essas etapas, haverá encaminhamento para a Unidade de Reprodução Humana do Hmib.

A inscrição na fila de espera acontece na primeira consulta ou quando a paciente voltar à unidade, após apresentação dos resultados de exames solicitados. Depois disso, a mulher receberá do médico um encaminhamento solicitando o retorno.

Para ser inscrita na fila de espera do tratamento de Inseminação Intrauterina (IIU), a usuária deve ter até 35 anos de idade e pelo menos cinco folículos ovarianos. Pacientes com endometriose profunda não serão inscritas, assim como aquelas que tiverem 36 anos ou mais.

Já para se inscrever na fila do tratamento Fertilização In Vitro (FIV) a usuária deve ter até 36 anos de idade e pelo menos cinco folículos ovarianos. Pacientes com 37 anos ou mais não serão inscritas. Contudo, a previsão é de que os ciclos de FIV só serão reiniciados em janeiro 2021.

O Hmib oferece, no máximo, duas tentativas de IIU e duas de FIV. Na consulta em que o médico colocar a paciente na fila, dependendo dos critérios clínicos e de idade, o casal pode ser inscrito nas duas filas, ou só na de fertilização in vitro. Uma vez realizado o procedimento, o casal não poderá ser novamente inscrito nas filas.

Para mais informações sobre todo o processo de reprodução humana, acesse a página da Secretaria de Saúde. (Com informações da Agência Saúde)

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