Hmib atendeu a mais de 1,2 mil crianças com doenças raras no DF em 2020
Mesmo com a pandemia, o serviço continuou disponível na Unidade de Genética do Hospital Materno Infantil de Brasília
atualizado
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O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) atendeu a 1.231 crianças com doenças raras na Unidade de Genética, somente em 2020. O serviço do hospital foi habilitado pelo Ministério da Saúde, em dezembro do ano passado, e se tornou uma das referências para esse tipo de atendimento.
O atendimento continuou disponível à população, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, com todas as medidas de segurança sendo tomadas para evitar a disseminação da Covid-19. Ainda assim, o atendimento apresentou ausência de pacientes em vários meses.
São atendidas crianças de até 9 anos e 11 meses, com malformação, doenças metabólicas e deficiência intelectual. Para isso, elas são referenciadas por médicos das unidades básicas de saúde (UBS).
Quando chegam à Unidade de Genética, passam por uma triagem, até serem direcionadas às especialidades. É o caso de Paulo Augusto, 3 anos, levado pelos pais ao Hmib depois de receber a indicação na UBS e de um neurologista.
Como Paulo nasceu no hospital e faz tratamento de estrabismo no local, também é acompanhado por outros especialistas, para identificar qual doença rara ele tem. “Gosto muito do atendimento, porque tem de tudo aqui para ele”, elogia Paulo Williams, pai da criança.
A equipe multidisciplinar da unidade conta com geneticistas, neurologistas, endocrinologistas, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, odontopediatra e nutricionista.
No Distrito Federal, a cada ano, pelo menos 100 bebês são diagnosticados com doenças raras por meio do Teste do Pezinho. Além disso, o DF é a única unidade da Federação com o teste ampliado. Atualmente, é feita a triagem de 36 doenças raras, com previsão para chegar a 45.
Além do Hmib, as doenças raras também são atendidas no Hospital de Apoio de Brasília (HAB), para pacientes a partir de 10 anos. O local foi o primeiro no DF credenciado pelo Ministério da Saúde, em 2016.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta 1,3 indivíduos em cada grupo de 2 mil pessoas. Pelo menos 80% das patologias são de origem genética, enquanto as demais têm causas infecciosas, virais ou degenerativas.
* Com informações da Secretaria de Saúde.