HFA usa inteligência artificial no combate ao coronavírus
A plataforma, chamada de Laura, foi criada para tratamento de sepse, mas começa a ser instalada e usada durante a pandemia
atualizado
Compartilhar notícia
O Hospital das Forças Armadas (HFA) começou a usar inteligência artificial para combater o novo coronavírus. A plataforma, chamada de Laura, foi criada para tratamento de sepse – uma condição potencialmente fatal que surge quando a resposta do corpo a uma infeção danifica os seus próprios tecidos e órgãos. Agora, começou a ser usada e implementada durante a pandemia.
O sistema conta com mais de 263 processadores e sistemas autônomos trabalhando em tempo real para identificar, antecipadamente, os pacientes em risco ou em circunstâncias de eminente infecção generalizada.
Laura é um robô cognitivo que faz a estratificação de risco, possibilitando um atendimento aos casos de Covid-19 e outras doenças. Contudo, ele não faz diagnóstico do coronavírus. Ele aponta a necessidade de atendimento com essa possibilidade da doença existir.
“O sistema é capaz de avaliar os sintomas do usuário, podendo apontar a possibilidade de Covid-19. Isso acontece a partir das respostas aos questionamentos feitos pela inteligência artificial, o que possibilita a identificação dos sintomas”, afirmou o coronel Isaias Oliveira, coordenador do projeto Inova HFA.
Acordo
Em 26 de maio, foi assinado o Acordo de Cooperação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Hospital das Forças Armadas, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e o Instituto Laura Fressatto.
Esse instrumento prevê a identificação, a validação, o uso e a difusão de tecnologias de inteligência artificial aplicadas ao sistema de saúde, no âmbito hospitalar.
Hoje, o HFA já monitora os pacientes internados com o robô Laura e está na fase final de implementação do pronto atendimento digital, que possibilitará a triagem clínica de usuários com a adequada estratificação de risco.