Heróis anônimos ajudam mãe do DF a realizar sonho de filho especial
Gabriel Roney Dias de Sousa completou oito anos na última sexta-feira (1º/9). A mãe pediu uma fantasia emprestada, mas recebeu muito mais
atualizado
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Gratidão. Esse é o sentimento da dona de casa Fernanda Cavalcante, 31 anos, que conseguiu fazer com que o sonho do filho Gabriel Roney Dias de Sousa, 8, se tornasse realidade na última sexta-feira (1º/9). Os anjos da guarda são pessoas que nunca tinham visto o garotinho, mas se comoveram com o anúncio feito pela mãe em um grupo fechado no Facebook, pedindo emprestada uma fantasia de herói para o aniversário do menino.
“Meninas, tenho um lindo príncipe especial que ama super-heróis e quer muito um bolo de aniversário. Vou fazer esse bolinho. Porém, estou sem condições de pagar pelo serviço. Venho pedir uma ajudinha. Se alguém tiver uma fantasia e puder emprestar, Gabriel ficará imensamente feliz”, escreveu Fernanda no grupo.
A empresa HD Festas e o grupo Heróis de Moto fizeram uma “carreata do bem” com motociclistas fantasiados de super-heróis para homenagear o menino: “É impossível descrever a felicidade do meu príncipe. Ele sempre amou esses personagens. Quando todas aquelas fantasias dos sonhos do Gabriel chegaram, não contive a emoção. Só posso agradecer a todos que contribuíram com a festa. Eu jamais teria condições de patrocinar algo deste tamanho ao Gabriel”.
Confira as fotos da festa:
Ao saber que a criança era torcedora do Botafogo, o jogador Emerson Silva entrou em contato com a fisioterapeuta de Gabriel e lhe deu de presente uma camisa autografada. “Inexplicável a sensação que estamos sentindo com toda essa solidariedade”, contou a mãe.
Paralisia cerebral
Fernanda relata que, desde que a criança veio ao mundo, precisou largar o emprego para se dedicar exclusivamente ao menino. Gabriel é morador de Taguatinga e nasceu com paralisia cerebral. Ele andava até os seis anos, mas após pegar uma bactéria hospitalar perdeu os movimentos.
“Hoje ele usa uma sonda gástrica para que poder se alimentar. A minha dedicação é exclusiva. Vivemos apenas do auxílio-doença e da pensão do pai dele”, explicou a mãe. “É isso que faz o ser humano, essa capacidade de ter compaixão” completou.