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Heleno nega referência a Lula em fala sobre “bandido subir rampa”

Vídeo divulgado pela coluna Guilherme Amado mostra Heleno respondendo que ladrão não subia rampa. Ele negou referência ao presidente

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Heleno CPI
1 de 1 Heleno CPI - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O general Augusto Heleno protagonizou um momento de constrangimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos ao negar que tenha feito referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando disse “não” a bolsonaristas que questionaram se “bandido subia a rampa”.

A afirmação em questão foi noticiada pela coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, em dezembro de 2022, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) aguardavam uma decisão antidemocrática do poder em exercício que pudesse impedir a posse do presidente eleito pelas urnas.

Veja:

Nesta quinta-feira (1º/6), na CPI, ele alegou que “não tinha nome na pergunta”, como se não tivesse feito referência a Lula.

“E eu continuo achando que ladrão não sobe a rampa. Não tinha nome. Eu estava dentro do carro, apareceu uma pergunta que eu nem me lembro exatamente. Mas tenho certeza que não tinha nome. Tinham várias perguntas na mesma hora, eu respondi não. Aí atribuíram esse ‘não’ a essa pergunta. Não tenho problema com isso não.”

Fábio Felix (PSol), integrante da CPI, lembrou que a frase “bandido não sobe a rampa” era um lema bolsonarista claro durante aquele período que precedeu a posse do petista. Com a negativa de Heleno, o deputado se indignou. “Me parece uma brincadeira com nossa inteligência”. Heleno retrucou: “Fico impressionado com sua criatividade”.

Depoimento

A CPI está em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O general começou a ser ouvido às 10h e a sessão teve pausa de 20 minutos às 12h e continou em sequência. Durante a manhã, o ex-ministo também criticou o uso da palavra “golpe”.

“O tratamento que estão dando para a palavra ‘golpe’ não é adequado. Golpe precisa ter líderes, líder principal, não é uma atitude simples, ainda mais em um país como o Brasil. Esse termo golpe está sendo empregado com extrema vulgaridade. Não é uma coisa simples de se avaliar que uma manifestação, uma demonstração de insatisfação possa se caracterizar um golpe.”

Afirmando que “jamais participou” de reuniões sobre possíveis ações contra a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Heleno chamou ainda de “narrativas fantasiosas” as alegações de que o ex-presidente e aliados queriam anular o resultado das urnas.

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