Hector Ângelo, o jovem de 14 anos que publica livros desde os sete
Além das quatro publicações, um currículo extenso para tão pouca idade, o jovem coleciona diversos trabalhos de ilustração
atualizado
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Por Thaís Antonio
O primeiro livro ele escreveu — e ilustrou — aos 7 anos, A girafa que foi pro espaço. “Não foi nada profissional. É que girafa sempre foi meu animal preferido. E eu queria colocar ela em uma aventura. Aí fui escrever um livro sobre uma girafa no espaço, só por diversão. Depois eu queria fazer um lançamento e falei com a minha mãe. Fizemos e foi um sucesso, super legal”, conta o escritor e ilustrador Hector Ângelo, agora com 14 anos.
Aos 8, depois de uma loja de calçados encomendar o desenho de uma mascote para uma campanha publicitária, pensou em uma trama mais elaborada: Maricota à procura de sapatos. O terceiro livro nasceu de uma atividade do colégio, aos 10 anos. A professora pediu para os alunos fazerem um texto ou um desenho relacionado à escola. Ele fez um livro sobre um garoto que não era aceito no colégio: A transformação de Joca.
“Joca era diferente. Enquanto as crianças pensavam em, sabe, coisas de criança, brincadeiras, essas coisas, ele pensava em coisas diferentes. Por exemplo, se importava com as pessoas, buscava o amor da mãe”, reflete Hector Ângelo. Com a ajuda de três fadas – da Beleza, do Estudo e do Interesse – Joca vai para um colégio melhor e consegue ser aceito na sociedade e ter uma vida feliz. A história foi premiada pela Associação Sociocultural Atrevida de Portugal, instituição ligada à Universidade de Lisboa, e escolhida entre mais de mil textos de escritores jovens de língua portuguesa para fazer parte da III Antologia La Atrevida.
Quando tinha 11 anos, deu vida ao 4 Stars – Um fenômeno pop. Tudo começou com a banda virtual 4 Stars. As personagens tinham até uma música de trabalho, chamada Fama, que ganhou um clipe de verdade. “Eu criava histórias contando dos shows que elas faziam, dos eventos em que elas iam e tal. E aí, um tempo depois, eu pensei que não tinha uma história deles antes da fama”, conta. O menino escreveu, então, sobre a batalha das cantoras para ficarem famosas. O grupo chegou a virar bonecas de verdade comercializadas por uma empresa de São Paulo especialista em transformar desenhos em brinquedos.
Além das quatro publicações, um currículo extenso para tão pouca idade, Hector Ângelo coleciona diversos trabalhos de ilustração. Algumas delas ilustram roupas de uma marca londrina. Ele mantém ainda um blog onde posta contos, novelas e seriados e quer fazer faculdade de Cinema e Artes Cênicas para realizar alguns sonhos: ser um reconhecido cineasta, escrever novelas para televisão, expor o trabalho artístico em museus e galerias importantes, levar a arte para os povos e ganhar o Oscar de melhor roteiro. Já voou longe com os dons: em 2015, representou Goiás na Feira do Livro de Londres.
Quer ler o texto completo? Acesse Projeto Lupa e confira na íntegra a história de Hector Ângelo.
O Projeto Lupa reúne depoimentos e fotos de profissionais ligados à arte de contar histórias. O site apresenta escritores, jornalistas, roteiristas, contadores de histórias, dramaturgos, redatores publicitários, letristas musicais, que têm algo em comum: a paixão pelas palavras.