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Hackers montam grupos no WhatsApp para tentar fraudar Pix

O suposto golpe seria possível fraudando chaves Pix, o que é chamado pelos golpistas “chave Pix bugada”, e chegaria a transferir R$ 100 mil

atualizado

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Jefferson Santos/Unplash
Homem mexendo em computador
1 de 1 Homem mexendo em computador - Foto: Jefferson Santos/Unplash

Com a promessa de dinheiro fácil, literalmente brotando na conta bancária, hackers montaram um grupo no WhatsApp com cerca de 250 “clientes”. Os estelionatários garantem ter descoberto uma forma de retirar valores de contas bancárias espalhadas pelo país e fazer a transferência para quem contrata os serviços. O suposto golpe seria possível fraudando chaves Pix, o que é chamado pelos golpistas de “chave Pix bugada”.

Durante três dias, a reportagem do Metrópoles acompanhou a movimentação no grupo, bloqueado para mensagens de usuários. Os administradores lançam informações sobre como os desvios financeiros funcionam. Segundo eles, as transferências de valores on-line ocorrem em, no máximo, 30 minutos.

“Se a sua conta usar Pix, o valor cai na hora”, promete um dos golpistas.

Os supostos hackers ressaltam que o pagamento feito por um cliente precisa ser realizado com antecedência. “Não existe a possibilidade de você fazer o pagamento depois de o valor acertado ser creditado na sua conta”, afirmam.

Segundo os estelionatários, o esquema funciona da seguinte forma: o interessado compra um limite, fazendo o pagamento via boleto ou transferência bancária. Após a confirmação, os criminosos realizam a transferência de um valor superior.

Confira:

Valores altos

Em postagens no grupo, os golpistas explicavam como funciona a tabela de preços a serem pagos. Cada pessoa que desejasse receber, por meio do Pix, o valor de R$ 1,5 mil, deveria pagar um seguro de R$ 220.

Para R$ 2 mil, o valor pago seria R$ 250, e com R$ 3 mil o total transferido previamente era R$ 600. Gradativamente, a promessa de transferência fraudulenta seguia aumentando até R$ 100 mil, após o “cliente” pagar R$ 10 mil para os criminosos.

Procurado pela reportagem, o delegado-chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), Giancarlos Zuliani, explicou que, na maioria dos casos, os suspeitos prometem transferir uma grande quantia em troca do pagamento de um seguro ou taxa, mas que os valores nunca são transferidos.

“Em geral, não há essa sofisticação ou hackers agindo, mas sim estelionatários que prometem algo que nunca será cumprido”, explicou.

A reportagem entrou em contato com o Banco Central para saber se existem informações envolvendo supostas fraudes no sistema Pix e quais medidas são adotadas em casos de fraude ao sistema bancário. No entanto, a instituição não havia respondido até a última atualização desta matéria.

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