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“Há esperança”, diz mãe de menino que teve 99% do corpo queimado

Alex Sandro, 4 anos, segue internado, em coma induzido, e os médicos dizem que com “poucas chances”. A mãe do garoto, porém, não perde a fé

atualizado

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Reprodução/Arquivo pessoal
Alex
1 de 1 Alex - Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Há 20 dias no hospital, o menino de 4 anos que teve 99% do corpo queimado em um incêndio na Cidade Estrutural não teve evolução no quadro de saúde. Alex Sandro Pereira (foto em destaque) está em coma induzido e faz hemodiálise diariamente. A troca de curativos ocorre duas vezes por semana e a equipe médica realiza o procedimento de enxerto de pele.

O caso aconteceu em 18 de dezembro, quando a casa de Maria de Lourdes Pereira Barbosa, 64 anos, pegou fogo. Ela é madrinha de Alex e cuidava dele para que a mãe da criança, Marlene Pereira da Silva, 37, pudesse trabalhar.

A dona da casa e o filho dela, Samuel Pereira, 20,  também ficaram feridos. Ele teve queimaduras nos pés. Maria de Lourdes inalou muita fumaça e chegou a ser internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), respirando com a ajuda de aparelhos. Na última sexta-feira (03/01/2020), recebeu alta, mas continua sendo acompanhada pelas equipes médicas.

Só Alex ainda não tem previsão para deixar o Hospital da Criança de Brasília (HCB), para onde foi transferido em 26 de dezembro. Antes, ele estava sendo tratado no Hospital de Base.

Ao Metrópoles, a mãe da criança disse que foi informada pela equipe médica que “as chances de sobrevivência são poucas”. Mas isso não é motivo para perder as esperanças, diz ela. “Estou confiante que Deus não vai tirar ele de mim”,  afirma.

Marlene entrou de férias para acompanhar o filho no hospital, mas precisou voltar ao trabalho esta semana. Hoje, a vida dela se resume a hospital e a casa onde trabalha como empregada doméstica. Quando sai do lado do pequeno, os cuidados ficam com o pai e com uma tia. “Quero ele comigo. É uma dor que não tem explicação”, diz a mãe, emocionada.

Apoio dos vizinhos

A tragédia mobilizou vizinhos e amigos da família. Eles tentam dar suporte emocional e ajudar as vítimas com doações. Da casa incendiada, não sobrou quase nada. A dona, Maria de Lourdes, vive no local há 25 anos. De acordo com a filha dela, a vendedora Eliane Pereira, 34, a mãe está traumatizada e não consegue esquecer os momentos de angústia em meio às chamas. “Ela não quer passar nem perto da casa. Está ficando comigo e melhorando aos poucos”, conta.

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Paredes com marcas das chamas
Situação após o incêndio
Alex ficava com a madrinha na casa enquanto a mãe trabalhava
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Casa onde a família mora

Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles
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Paredes com marcas das chamas

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Situação após o incêndio

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Alex ficava com a madrinha na casa enquanto a mãe trabalhava

Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

 

A rede de solidariedade que se formou em favor das vítimas tem ajudado, de acordo com Elaine. Foram doados móveis e cestas básicas. No entanto, a vendedora teve o celular roubado na última semana e só conseguiu recuperar o número no domingo (05/01/2020). “Era o único contato que as pessoas tinham, então paramos de receber as doações. Agora, com minha mãe de volta, estamos precisando muito. Tudo é bem-vindo”, pede.

Ajude!

Quem quiser ajudar a família pode contatar Eliane por meio do número (61) 99551-4765.

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