metropoles.com

Há 15 dias na UTI, advogada atropelada propositalmente no DF abre os olhos pela 1ª vez

Segundo o pai de Tatiana Matsunaga, ela acordou nessa quinta-feira (9/9), “mas ainda não responde a estímulos”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/Arquivo pessoal
Tatiana Matsunaga
1 de 1 Tatiana Matsunaga - Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

A advogada e servidora pública Tatiana Machado Matsunaga, de 40 anos, abriu os olhos pela primeira vez desde que foi atropelada propositalmente pelo advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, 37 anos, no Lago Sul. Segundo o pai da vítima, Luiz Sérgio Machado, Tatiana acordou nessa quinta-feira (9/9), “mas ainda não responde a estímulos”.

“Ela olha na nossa direção, fica com os olhos abertos, mas ainda não está respondendo a estímulos. O médico disse que depende de cada paciente, tem uns que acordam mais rapidamente, outros têm processo mais lento. E o trauma dela foi muito grande, não foi só uma pancadinha na cabeça”, disse ao Metrópoles.

A vítima está internada na UTI de um hospital particular de Brasília desde 25 de agosto, dia do crime. “Ela já passou por cirurgia na cabeça, na perna, na barriga e fez uma traqueostomia. Depois, fez nova cirurgia na cabeça […] Hoje, deve fazer uma gastrostomia, que é um procedimento para ela passar a receber alimento diretamente no estômago”, explica Luiz Sérgio.

Ainda segundo o pai de Tatiana, a advogada precisará ter os ligamentos da perna reconstituídos. “Porque ficaram destruídos após o atropelamento”, relata.

Depois de ver a filha com os olhos abertos, ele conta que agora a família torce por evolução no quadro de saúde de Tatiana. “A gente só não gritou porque estava na UTI. Estamos com a expectativa lá em cima e agora queremos mais.”

Prisão mantida

Nessa quinta-feira (9/9), a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a prisão do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, que atropelou Tatiana na frente do filho e do marido dela, no Lago Sul.

Segundo o pai de Tatiana, a família recebeu a notícia “com alegria dentro da tristeza que estamos vivendo”. “É um ponto positivo para que essa pessoa continue detida e continue na cadeia até o dia do julgamento”, afirmou.

Esta é a quarta vez que o advogado tem o pedido para deixar a cadeia negado. O crime ocorreu em 25 de agosto, e Milhomem está preso desde então. Nessa quinta-feira (9/9), a Justiça aceitou a denúncia contra o advogado, tornando-o réu. Ele vai responder por tentativa de homicídio qualificado.

No julgamento dessa quinta-feira (9/9), o presidente da 2ª Turma Criminal, desembargador Roberval Casemiro Belinati, negou habeas corpus a Milhomem. O voto do magistrado foi seguido pelos desembargadores Silvanio Barbosa dos Santos e João Timóteo de Oliveira.

Belinati disse que o caso foi “violentíssimo” e “extremamente grave”: “Consta dos autos que o paciente, após uma briga de trânsito com a vítima, seguiu esta até sua residência. No local, voltou a discutir e, em seguida, acelerou o veículo e a atropelou, na frente de seu marido e do filho de apenas 8 anos de idade. Há notícias de que a ofendida continua hospitalizada em estado gravíssimo. Tais circunstâncias evidenciam que o fato é extremamente grave e indicam que a prisão cautelar é necessária e adequada para garantir a ordem pública”.

Silvanio Barbosa dos Santos concordou com Belinati. “Um filho de 8 anos assistiu ao ocorrido com a mãe durante o dia. Se não fosse isso, eu concederia a ordem”, afirmou. João Timóteo de Oliveira disse: “Creio que, no momento, deve ser mantida a prisão cautelar em razão da ordem pública”.

Durante a sessão dessa quinta-feira, o advogado de Milhomem, Leonardo de Carvalho e Silva, iniciou a sustentação oral lamentando a situação de Tatiana, que permanece no hospital. “Temos um sentimento profundo por ela estar ausente da sua família e da companhia do seu filho. E esperamos que ela tenha alta o mais breve possível”, pontuou.

Em seguida, Carvalho e Silva disse que o pedido da defesa é para que Milhomem “também possa voltar para o seio de sua família”. “Considerando tratar-se de um advogado, jovem, de boa conduta e bons antecedentes, que não se furtou do distrito da culpa, pedimos para que responda o processo em liberdade”, assinalou.

Veja o vídeo do atropelamento:

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?