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Grupo protesta contra lockdown perto da casa de Ibaneis Rocha

Mesmo com UTIs lotadas e explosão de casos de coronavírus, empresários pedem abertura total das atividades no DF

atualizado

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Ana Karolline Rodrigues/Metrópoles
Manifestacao perto da casa de Ibaneis
1 de 1 Manifestacao perto da casa de Ibaneis - Foto: Ana Karolline Rodrigues/Metrópoles

Empresários fizeram protesto, na manhã deste domingo (21/3), próximo à casa do governador Ibaneis Rocha (MDB), no Lago Sul, contra a prorrogação do fechamento do comércio no Distrito Federal. Havia pessoas sem máscaras e desrespeitando o distanciamento social.

A manifestação começou no estacionamento do Shopping Gilberto Salomão, por volta de 10h30, e contou com um grupo pequeno de participantes. O público carregava bandeiras do Brasil e vestia camisetas com a frase: “Lockdown no DF, não”.

Havia ainda manifestantes com vuvuzelas e segurando faixas pedindo o fim do lockdown. Próximo à casa do governador, algumas pessoas chegaram a fazer discursos contra o comunismo e reclamaram de ações de Ibaneis.

A pretensão inicial do grupo era fazer apenas a concentração no shopping e realizar o ato em frente à residência do governador. Porém, a Polícia Militar fez bloqueios na rua que leva à casa de Ibaneis, o que impediu a passagem de carro pelo local. Ainda assim, por volta de 11h40, os empresários se deslocaram a pé para perto do imóvel do chefe do Executivo distrital, para seguir com o protesto.

Além do fim do lockdown, a pauta incluía o pedido de suspensão de alguns impostos para comerciantes e da retomada de aulas presenciais nas escolas públicas da capital.

Segundo o empresário Breno Cury, um dos líderes do movimento, o grupo entende que, com as aulas on-line, “mais um ano letivo das crianças está sendo jogado no lixo”.

“Pedimos também que o governador reabra os leitos que devem ser abertos, pedimos planos de vacinas e pedimos para reabrir os nossos negócios”, acrescentou. “O governo não fiscalizou festas clandestinas, baladas, os butecos que estão descumprindo os protocolos. Enquanto isso, o comércio que agiu corretamente foi punido por conta dos outros”, reclamou o organizador.

UTIs lotadas

O ato pela reabertura de serviços não essenciais ocorre no momento em que o DF vive o pior cenário da pandemia. Nesta manhã, a taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltadas para pacientes com Covid-19 na rede pública do Distrito Federal está em 96,05%. Os dados constam no sistema InfoSaúde, do Governo do Distrito Federal (GDF), atualizado às 10h10.

Neste momento, há, na rede pública, 365 leitos para Covid-19 preenchidos e 15 vagos. Entre os disponíveis, três são neonatais, um é pediátrico e 11 são adultos. Outros 22 estão aguardando liberação e sete estão bloqueados.

Além disso, até as 9h45, a lista de espera por UTI na rede pública tinha 285 pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus aguardando leitos. Já a fila por UTIs em geral tem 375 pacientes. Esse último dado é das 10h15.

A rede privada de saúde está com taxa de ocupação de 91,49%. São 388 leitos de UTI Covid ocupados, 37 disponíveis — um deles é pediátrico — e há outro bloqueado. Os dados sobre as UTIs em hospitais particulares do DF foram atualizados pela última vez às 7h10.

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