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Grupo fraudava empréstimo de até R$ 500 mil em nome de servidores

Um dos detidos pela Corf tinha seis identidades. A PCDF acredita que o bando também atuava em outras unidades da Federação, como São Paulo

atualizado

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1 de 1 PCDF3 - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu uma quadrilha especializada em falsificar documentos de servidores públicos federais e contratar empréstimos consignados que chegavam a R$ 500 mil. Após um ano e três meses de investigação, a Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf) cumpriu, nessa terça (8/1), três mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em Goiás e no DF.

De acordo com os investigadores, após adquirirem fraudulentamente dados de contracheques de funcionários públicos lotados no Ministério do Planejamento – em especial de auditores federais –, os criminosos fabricavam documentos que eram utilizados na abertura de contas-correntes e contratação de empréstimos com valores vultosos.

As importâncias obtidas com a atividade criminosa eram integradas em ativos de empresas constituídas de forma ilícita e, então, movimentadas em contas de laranjas. Um dos detidos pela Corf tinha seis identidades. A PCDF acredita que o bando também atuava em outras unidades da Federação, como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco.

Operação Hermes
Apontado como um dos líderes do esquema, Frank Oliveira Garcia já havia sido preso pela Corf em outra operação, a Hermes, a qual investigava prática ilegal que consistia na compra de aparelhos celulares caros com uso de cartões clonados em São Paulo. Os produtos, depois, eram enviados para serem revendidos na Feira dos Importados do Distrito Federal.

O bando responderá por falsidade ideológica, falsidade documental, uso de documento falso, invasão de dispositivo informático, estelionato e lavagem de dinheiro.

Pessoas mortas
Em agosto de 2017, policiais da 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) desarticularam uma organização criminosa que atuava de forma parecida, mas especializada em estelionatos e furtos em instituições bancárias. O grupo usava CPFs de pessoas mortas que ainda não constavam como falecidas na Receita Federal.

Com esses números, falsificavam todos os documentos e se passavam pelas pessoas junto às instituições bancárias. Com o apoio do gerente de uma dessas agências, contraíam empréstimos, sacavam eventual saldo disponível e emitiam cartões.

Além do gerente do banco, um ex-agente da Polícia Civil do DF é alvo das investigações. Os dois são considerados líderes da quadrilha.

No decorrer da operação, foram apreendidas dezenas de cédulas de identidade e carteiras de habilitação falsificadas, contratos bancários, cartões de banco e vários apetrechos utilizados para a falsificação de documentos.

A operação foi batizada de Ammit, que na mitologia grega significa um demônio devorador de almas.

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