Grupo de idosos do DF embarca para apresentar número musical na Disney
Segundo a idealizadora do Divas Dance, Roberta Marques, este será o primeiro grupo sênior a se apresentar no Waterside Stage
atualizado
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Quem um dia sonhou em levar o batuque brasileiro aos palcos da Disney Springs, em Orlando, nos EUA, mal vê a hora da abertura das cortinas em 15 de outubro. O projeto que reúne um grupo de 44 senhoras, entre 60 e 90 anos, teve os planos de apresentar o número musical adiado, desde 2019, devido à pandemia da Covid-19.
De acordo com a idealizadora do Divas Dance, Roberta Marques, este será o primeiro grupo sênior a se apresentar no Waterside Stage. “Está todo mundo muito feliz, nervoso, ansioso. Elas querem fazer um show bonito. E, principalmente, a gente quer levar muito ritmo brasileiro para a Disney, com forró, samba e muito batuque nos 20 minutos de coreografia”, explica.
O projeto foi criado em 2010 por conta de um pedido da avó da idealizadora Roberta Marques. Hilda Alonso havia perdido o marido há cerca de 2 anos e gostaria de retomar sua rotina de exercícios. À época, Roberta era professora de dança havia 15 anos e era sócia de uma academia. Desse modo, criou o Divas Dance para atender a familiar e percebeu que existiam muitas mulheres na fase madura da vida precisando de alegria, entusiasmo e movimento.
Roberta conta que montou a coreografia de acordo com as capacidades e limitações de cada dançarina. “Tem gente que nunca dançou, só na escola. Criei uma coreografia em que todas consigam fazer. O objetivo é mostrar que elas podem, dentro da sua possibilidade física e cognitiva”, afirma.
No repertório, estão clássicos como “O Que É, o Que É”, do Gonzaguinha, “País Tropical”, do Jorge Ben Jor, “Saúde”, de Rita Lee, e outros hits nacionais que marcaram época. Serão apenas duas músicas internacionais: “Dancing Queen”, do ABBA, e “Stayin’ Alive”, do Bee Gees.
Veja momentos do ensaio:
Para a idealizadora, o principal papel deste tipo de projeto é de mostrar que há muito o que se fazer na vida. “Tem tanta gente aí achando que não tem mais nada para fazer na vida e, de repente, aparece uma ideia doida e, então, só falta uma pessoa dizendo para ter coragem para fazer”, conta.