Grupo de caminhoneiros marca ato no DF e Abcam teme confronto com PM
Sem indicar uma liderança, motoristas de todo país se concentram no estacionamento do Mané Garrincha e prometem manifestação nesta segunda
atualizado
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A movimentação de caminhoneiros de todo o país no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha deve engrossar durante o fim de semana. Segundo pessoas participando da mobilização, a expectativa é que cerca de 30 mil motoristas se juntem ao ato até este domingo (3/6). A intenção seria cobrar do governo uma maior redução no preço do diesel, entre outras pautas. Também está prevista uma manifestação para segunda-feira (4).
No entanto, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, gravou um áudio – já circulando por grupos de WhatsApp – no qual pede que os filiados não participem do protesto, sob pena de prejudicar o acordo firmado com o governo federal. A entidade representa cerca de 700 mil condutores de caminhão.
“Peço aos caminhoneiros de bem que não se envolvam em manifestações que coloquem em risco o que conseguimos. O governo cumpriu a parte dele, e o movimento acabou. Nossas reivindicações foram atendidas”.Ele também chamou atenção para a possibilidade de um confronto com a polícia. “Seria catastrófico nesse momento. Não sabemos quem organiza e quais são os verdadeiros interesses. Exercite seu direito de voto e não faça nada que coloque em risco sua segurança, de nossas famílias e de nossa democracia”, finalizou o presidente da Abcam.
Manifestação
Um homem que se declarou como um dos organizadores da mobilização desta segunda-feira (4/6) estimou em 30 mil o número de caminhoneiros confirmados para o ato na Esplanada dos Ministérios. “Caminhões vão chegar neste sábado [2], vindos de Formosa e Catalão. O comando do movimento está vindo de lá e, a partir da chegada deles, vamos definir o cronograma das ações. O certo é que será um protesto pacífico e queremos apenas melhorias para a nossa categoria”, afirmou ele, que preferiu não se identificar.
Nessa sexta-feira (1º), a categoria dos motociclistas resolveu se unir ao movimento. A expectativa é que, até este domingo (3), pelo menos 1 mil se juntem aos caminhoneiros.