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Grupo chefiado por auxiliar de limpeza vendia armas de até R$ 12 mil

De acordo com investigadores da PCDF, as armas eram negociadas com traficantes e homicidas, até mesmo em porta de escola do Paranoá

atualizado

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Megaoperacao armas
1 de 1 Megaoperacao armas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Civil do DF deflagrou, na manhã desta terça-feira (16/10), megaoperação para tirar de circulação grupo criminoso especializado na comercialização ilegal de armas de fogo e munições, de diversos modelos, marcas e calibres, inclusive de uso restrito.

Os equipamentos eram vendidos por valores entre R$ 1,5 mil e 12 mil. Os policiais encontraram com a organização criminosa uma munição que parece ser de canhão e uma pistola .40, de uso restrito, fabricada na República Tcheca.

Dos 26 mandados de prisão expedidos pela Justiça, 24 foram cumpridos. Duas pessoas seguem foragidas. Além dos investigados, os policiais prenderam outros dois suspeitos em flagrante. Eles estavam com carro roubado e munições. A diligência é da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) e teve início em março deste ano.

De acordo com os investigadores, as armas eram vendidas para traficantes e homicidas. Nas negociações, eles usavam nomes de carros e artistas famosos para despistar a polícia, evitavam falar nomes de armas.

A polícia conseguiu identificar ao menos dois assassinatos cometidos com os equipamentos comercializados pelo grupo. O líder da organização, conforme informação dos policiais, é um auxiliar de limpeza identificado como Itamar Cortes de Oliveira. O homem morava no Lago Norte e tinha três carros. Entre os veículos, um Honda City. O patrimônio era incompatível com a renda do acusado.

 

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Munição que parece ser de canhão
Pistola de uso restrito fabricada na República Tcheca
Munição calibre .12
Policiais da DOE flagraram o crime
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Itamar, de blusa listrada, é apontado como líder do grupo

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Munição que parece ser de canhão

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Pistola de uso restrito fabricada na República Tcheca

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Munição calibre .12

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Policiais da DOE flagraram o crime

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“Esse crime alimenta e financia outros delitos. Fomentando ainda mais a violência no Distrito Federal”, disse o delegado Guilherme de Sousa, da Corpatri. O que chamou atenção da polícia foi a participação de um bancário com vasto conhecimento nos produtos comercializados. Ele avaliava e fazia a seleção do material para o grupo, fixando os preços. Já o armeiro, que também foi preso durante a operação, consertava, preparava e armazenava os equipamentos.

As armas vinham do exterior e da Bahia. Eram vendidas até mesmo em frente a uma escola, no Paranoá. E, com base em relatos dos investigadores, há participação de vigilantes no esquema. Eles também comercializavam o armamento.

A polícia prendeu ainda motoristas de aplicativo, de frete e caminhoneiros. Esse grupo era responsável por transportar as armas. A quadrilha se divide em homens com passagens pela polícia e réus primários.

Os mandados foram cumpridos em diversas regiões administrativas. Entre elas, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires, Santa Maria, Planaltina, Sobradinho, Itapoã, Paranoá e Lago Norte, além de Águas Lindas (GO), no Entorno do DF.

Foram identificadas 49 transações feitas pelo grupo no decorrer da diligência. Os suspeitos responderão pela prática dos crimes de organização criminosa (de 3 a 8 anos de reclusão), comércio ilegal de arma de fogo (de 4 a 8 anos de reclusão) e posse ilegal de arma (de 3 a 6 anos de reclusão), considerado crime hediondo. A operação foi batizada de Gaston e mobilizou 180 policiais.

Confira os nomes dos presos:
Itamar Cortes de Oliveira
Jackson Torres da Silva
Wagner Leite Ferreira
Geovane Leonardo de Jesus
Dyego dos Reis Martins
Lucas Oliveira da Silva
Edivaldo Rodrigues Neto
Marcio de Oliveira Afonso
Rosivaldo Rodrigues de Sousa
Valdinei dos Santos Novais
Edson Tetzlaff
José Antônio Cortes de Oliveira
Donizete Rodrigues Lopes
Beliomar Lopes dos Santos
José Rodrigues Lopes
José Rodrigues de Oliveira
João Carlos de Sousa Oliveira
José Olivaldo Alves
Claudio Pereira de Souza
Rafael Victor dos Santos Lopes
Ronaldo Junior Queiroz Marques
Julio Cesar Sales de Oliveira
Osaniel Farias de Carvalho
Wesley Eduardo Ferreira dos Santos
Wagner de Oliveira Pinto

 

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