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Grupo acusa Tadeu Filippelli de calote após trabalho em campanha

Segundo denúncia, Tadeu Filippelli (MDB) teria contratado cabos eleitorais informalmente e dado calote após não ser eleito distrital

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1 de 1 Tadeu Filippelli – Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Contratados para serviços de militância de Tadeu Filippelli (MDB) acusam o candidato derrotado de calote. Ex-vice-governador do Distrito Federal, Filippelli teria contratado cabos eleitorais informalmente na campanha para deputado distrital deste ano, mas cerca de 20 pessoas não teriam recebido o pagamento. Ele se defende e diz que não tem ligação direta com a acusação.

As denúncias são de pessoas de cidades como Samambaia, Riacho Fundo e Ceilândia. “O valor acertado seria de R$ 2.340,00 para cada cabo eleitoral. Faltando 10 dias para a eleição, o coordenador de Samambaia procurou cada um de lá, solicitando que esse valor fosse renegociado para R$ 1.500,00”, conta uma pessoa contratada, que não quis se identificar. Porém, mesmo depois da tentativa de diminuir o pagamento, ela diz que não houve qualquer depósito para esses trabalhadores até a data combinada, de 1º de outubro.

“Uma hora diziam que o candidato não passou o dinheiro, outra hora falaram que não iam pagar. Foram 45 dias de campanha”, reclama. Os denunciantes também informam que vão formalizar as denúncias na Polícia Civil e ação no Ministério Público. O coordenador da campanha em Samambaia, José Odilon, rebateu as acusações. Segundo ele, na região, apenas 12 ou 13 não foram pagos, mas porque não trabalharam.

“Todos os contratados foram pagos, mas alguns inventaram que trabalharam. A gente chamava para confirmar e não apareciam, diziam que iam para onde a gente estava e não iam, mandavam foto fake”, alega. Áudios de Odilon enviados para alguns desses cabos eleitorais, no entanto, trazem outra argumentação.

Em uma das mensagens enviadas por ele no WhatsApp, José Odilon reclama do serviço feito, mas diz que “não tem como resolver tudo” porque Filippelli não foi eleito. “Eles receberam, sim, só não receberam o que ficou acertado, porque no final o trabalho é zero. E não adianta, se não tiver eleito, não tem como resolver tudo”.

Apesar de confirmar que atuou na coordenação da campanha em Samambaia, o nome de José Odilon não consta na lista de despesas eleitorais de Filippelli. O político declarou R$ 591.030,64 gastos na campanha e recebeu 7.152 votos para a Câmara Legislativa. Ele é um dos mais de 300 suplentes da Casa.

O que diz Filippelli

Em nota, o ex-vice-governador afirmou que todas as despesas de campanha foram feitas com rigor e dentro das formalidades exigidas pelo fundo eleitoral. Ainda segundo ele, o limite liberado pela lei eleitoral de 200 cabos eleitorais foi seguido e todos os trabalhadores foram contratados formalmente e pagos de forma quinzenal, mediante transferência.

“Dessa forma, 20 pessoas aproximadamente citadas na denúncia representaria 10% de toda a força de trabalho, que por si só já representaria um absurdo, uma vez que teriam ficado fora de três pagamentos quinzenais. O que está sendo apresentado como denúncia não tem o menor embasamento formal ou ligação direta com o candidato, haja visto se tratar de áudio entre terceiros, e que em momento algum esse assunto foi tratado diretamente com o candidato”, divulgou Filippelli.

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