Grileiros vendiam lote em área ambiental do DF por R$ 30 mil
Terreno público em São Sebastião, às margens do Rio Descoberto, era vendido por criminosos alvejados por operação da PCDF
atualizado
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Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriram, na madrugada desta quarta-feira (29/8), quatro mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que parcelava irregularmente lotes da Chácara 58 de São Sebastião e os vendia para terceiros.
A chefe da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), Marilisa Gomes, calcula que a quadrilha tenha lucrado ao menos R$ 2,1 milhões com o esquema ilegal.
Com uma extensão territorial de 4,2 hectares, a chácara pertence à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). Um chacareiro repassou a propriedade a terceiros, que parcelaram a área em 70 diferentes lotes. Cada um era vendido por R$ 30 mil. Todos já estavam ocupados e em processo de edificação.
“Localizados à margem da Bacia do São Bartolomeu, no Núcleo Rural Capão Comprido, as construções e o loteamento causaram prejuízo estimado em R$ 1 milhão ao córrego que abastece o Distrito Federal”, explicou a delegada.
Segundo Marilisa Gomes, a quadrilha era composta por corretores e grileiros – criminosos que falsificam documentos, tomam terrenos ilegalmente e os repassam a terceiros. Eles responderão por parcelamento irregular de solo para fins urbanos, associação criminosa e dano ambiental criminoso.