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Greve dos vigilantes já afeta visitação nos hospitais do DF

No Hran, portas da emergência estão fechadas. Em outras unidades de saúde, as visitas foram suspensas ou ficaram com horários mais restritos

atualizado

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Renato Araújo/SES-DF/Divulgação
HRAN hospital regional da asa norte
1 de 1 HRAN hospital regional da asa norte - Foto: Renato Araújo/SES-DF/Divulgação

A greve dos vigilantes terceirizados que atuam nos hospitais, centros de saúde e escolas públicas do Distrito Federal já afeta a vida da população. A Secretaria de Saúde precisou encurtar os horários de visitação em alguns hospitais e até suspender em outros. Cerca de 3,5 mil vigilantes, segundo o sindicato da categoria, estão de braços cruzados desde terça-feira (8/8) e assim prometem ficar até que os salários sejam regularizados.

No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), por exemplo, foi preciso acionar a Polícia Militar para fazer a segurança do ambulatório e pronto-socorro. Os horários de visita também foram modificados na unidade de saúde — das 15h às 17h —, com limite de três visitantes por paciente.

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o centro cirúrgico funcionam com horário normal, das 16h às 17h, sendo um visitante por paciente. Nos Hospitais Regionais de Taguatinga e Samambaia, as visitas foram suspensas.

No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), as portas da emergência estão fechadas. Segundo a Secretaria de Saúde, a decisão foi tomada por “medida de segurança”. Dessa forma, os próprios funcionários estão na entrada do pronto-socorro recebendo os pacientes e os encaminham para o setor de classificação de risco.

Ainda de acordo com a pasta, o repasse para as empresas que contrataram os vigilantes está atrasado desde junho. A dívida é de R$ 25 milhões. “Aguardamos recursos para a realização do pagamento aos prestadores de serviço. A previsão é que a situação seja regularizada até a próxima semana”, informou a secretaria.

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Hospital Regional de Planaltina
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Vigilantes em greve no Hospital de Base

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Hospital Regional da Asa Norte

Reprodução

Já a Secretaria de Educação do DF não informou qual a situação nas escolas. Disse apenas que o pagamento dos terceirizados está sendo feito regularmente conforme edital e contrato, que prevê um prazo de 90 dias para quitação dos serviços prestados. “Ressalta-se que compete às empresas garantir os salários e demais encargos trabalhistas dos funcionários em dia”, ressaltou a pasta.

Ministério Público do Trabalho
Procurado pela reportagem, o Ministério Público do Trabalho do DF informou que recebeu diversas denúncias de vigilantes nesta semana reclamando dos atrasos salariais. “O MPT instaurou procedimento preparatório e inquérito civil para análise das situações, com audiência agendada para 5 de setembro.”

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