Greve dos rodoviários da Viação Marechal entra no terceiro dia
As regiões afetadas são: Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Guará e Vicente Pires
atualizado
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A greve dos rodoviários da Viação Marechal entra no terceiro dia nesta sexta-feira (23/4). Os 441 ônibus estão sem circular desde quarta (21/4). As regiões afetadas são: Águas Claras, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Guará e Vicente Pires.
Em nota, a empresa informou que, “após o Governo do Distrito Federal não ter feito o repasse referente à primeira quinzena de abril, a Auto Viação Marechal não quitou o adiantamento salarial, que deveria ter sido pago no dia 20. A empresa tentou negociar, mas foi surpreendida, na manhã de quarta-feira, com uma paralisação promovida pelo do Sindicato dos Rodoviários”.
Para piorar a situação, a greve do metrô chegou ao quinto dia.
A viação acrescentou que, “nos últimos meses, o GDF fez os repasses corretamente, o que garantiu o pagamento dos salários dos trabalhadores. Sem o recurso, a empresa não tem condições de arcar com os compromissos”. Há expectativa de que o dinheiro seja depositado nesta sexta.
Segundo a Marechal, a receita da empresa diminuiu em 40%, devido ao surto pandêmico. “A crise causada pela pandemia reduziu o número de passageiros, mas a empresa continuou operando com 100% da frota, não reduziu salários ou suspendeu contratos”, destacou.
Responsabilidade
A Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob) esclareceu que “o pagamento de salários e benefícios aos rodoviários é de responsabilidade da própria empresa, que dispõe de outros recursos para o cumprimento dessas obrigações. A Semob informa, ainda, que serão aplicadas as devidas penalidades pelo não cumprimento das tabelas horárias programadas”.
A pasta acrescentou que o GDF “está acompanhando a situação e determinou às demais operadoras para que reforcem as viagens das linhas que passam pela área operacional da Marechal, visando oferecer opção de transporte naquela região”.
24 horas
O Sindicato dos Rodoviários também emitiu informativo preparando toda a categoria para possível paralisação geral, por 24h, na próxima semana. Segundo o texto, o ato visa pressionar o governo para vacinar os motoristas e cobradores com as forças de segurança.
A diretoria do sindicato fez reunião na quarta (21/4) e debateu o fato de o GDF vacinar primeiramente os policiais, depois, os professores, para, só então, imunizar os rodoviários.
“A direção vem fazendo todo o esforço para conseguir seu objetivo por meio do diálogo, mas, infelizmente, o governo não parece estar disposto a atender a categoria. Vamos continuar investindo em uma saída negociada. Caso contrário, a paralisação será medida de força necessária”, diz o comunicado.