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Greve dos professores do DF completa uma semana sem perspectiva de fim

Governo tenta convencer professores a retomar as atividades. O sindicato diz que só volta quando as demandas da categoria forem atendidas

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1 de 1 greve-professores-df-2023-cef-104-norte - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Nesta quinta-feira (11/5), a greve dos professores da rede pública do Distrito Federal completa uma semana. Com nova assembleia marcada para 9h30, representantes da categoria afirmam que só encerrarão o movimento com uma proposta que atenda às demandas apresentadas.

Na quarta-feira (10/5), o Governo do DF (GDF) reuniu-se com o Sindicato dos Professores (Sinpro/DF). De acordo com a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, o sindicato apresentou uma lista com 10 pautas ligadas à reestruturação salarial e melhorias na carreira. As demandas serão analisadas pelas pastas do GDF envolvidas nas negociações. Agora, o Executivo tenta convencer a categoria a retomar as atividades.

“São questões que eles já vinham trazendo nas conversas conosco. Vamos ver onde podemos avançar. A gente continua com o propósito de sensibilizar os professores a retomar as aulas. As negociações vão continuar”, disse a gestora.

As principais cobranças da categoria são melhoria dos salários e reestruturação da carreira de magistério público, com incorporação de gratificação.

Samuel Fernandes, diretor do Sinpro/DF, afirmou que, a princípio, os professores não retornarão às salas de aula antes de receberem uma nova proposta do governo local. “O governo se comprometeu a fazer alguns exercícios para apresentar como proposta na próxima reunião, agendada para quarta-feira, 17 de maio, às 10h, no Palácio do Buriti”.

“Deixamos claro que a categoria só encerrará a greve com a proposta que atenda de fato às demandas”, completou Samuel.

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Prejuízos

Após uma semana de greve, a Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF) manteve o posicionamento e pede agilidade nas negociações.

“A Aspa-DF ressalta a importância de as negociações entre governo e professores serem rápidas a fim de que haja o menor prejuízo possível para a comunidade escolar, em especial aos alunos e suas respectivas famílias que são os destinatários dos serviços prestados pelas escolas públicas”, diz a associação em nota.

A Aspa ainda afirma que reconhece a legitimidade da paralisação. “O que aflige aos pais de filhos que estudam na escola pública é que greve, que reconhecemos legítima, é sinônimo de escolas fechadas e alunos sem suporte educacional e outros que são essenciais às crianças e adolescentes do DF, como a alimentação básica oferecida na escola”, completa a nota.

Decisão judicial

O Sinpro recorreu da decisão judicial que ordena o fim da paralisação. O desembargador Roberto Freitas Filho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), estabeleceu a interrupção do movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. A decisão atende ao pedido de tutela de urgência do Governo do Distrito Federal (GDF).

O magistrado considerou a greve ilegal e autorizou o corte do ponto dos servidores a partir da ciência da decisão e em caso de descumprimento da ordem.

“Mães contam com o horário de permanência de seus filhos em escolas e creches para que possam trabalhar durante o dia. Por sua vez, as crianças que frequentam as escolas e creches públicas contam com as refeições que ali fazem como parte da dieta cotidiana. O atendimento dessas necessidades é, portanto, inadiável, podendo a greve comprometer gravemente esses direitos”, destacou o desembargador.

Roberto Freitas Filho também afirmou que a manutenção da greve “gera resultados imensamente mais gravosos” para os destinatários desses direitos do que os resultados pretendidos pelos grevistas com o movimento paredista.

 

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