Greve de terceirizados termina em parte das escolas públicas do DF
Duas das três empresas responsáveis pela merenda e faxina nas unidades quitaram as dívidas. Regional de Samambaia segue sem limpeza
atualizado
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A greve dos funcionários terceirizados terminou nesta quarta-feira (21/11), após dois dias de paralisação, na maioria das escolas públicas do Distrito Federal. Com isso, os serviços de preparação de merenda e de limpeza estão sendo retomados nas unidades de ensino, segundo o sindicato que representa as categorias.
O Sindiserviços-DF informou que 4,1 mil trabalhadores terceirizados estavam com salários e benefícios em atraso. De acordo com a entidade, as duas empresas com o maior número de funcionários quitaram as dívidas. Apenas a Servegel, que emprega 300 faxineiros, não efetuou os pagamentos. Por conta disso, trabalhadores da regional de Samambaia permanecem de braços cruzados.
A região de Planaltina foi uma das mais afetadas com a paralisação, com cerca de 40 escolas com adesão total ou parcial à greve. A interrupção também atingiu escolas do Paranoá, Sobradinho, São Sebastião, Gama, Taguatinga, Recanto das Emas e no Plano Piloto. Em pelo menos 10 colégios, houve paralisação total de merendeiras.
Sem ter o que dar de comer aos alunos, algumas escolas tiveram que reduzir os horários das aulas. A Secretaria de Educação do DF disse que as unidades que adotaram carga horária diferenciada devem fazer a reposição.
O outro lado
A Servegel, que ainda não acertou as dívidas, informou que está desde maio de 2018 sem receber o pagamento da Secretaria de Educação, ultrapassando o limite de atraso estabelecido pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal. O valor devido pelo GDF, segundo a empresa, chega a aproximadamente R$ 18 milhões.
“A Servegel não tem mais de onde tirar dinheiro para financiar os custos da prestação dos serviços à Secretaria de Educação. Essa administração pública tem atrasado, de forma contumaz, os pagamentos mensais contratados e ainda não concedeu o repasse da repactuação de 2017 e 2018, estando o preço atualmente praticado com base no ano de 2016”, diz um ofício enviado pela empresa à secretaria no dia 14 de novembro.
Por sua vez, a Secretaria de Educação informou que os pagamentos às empresas estão em dia.
Confira imagens do primeiro dia de greve, na segunda-feira (19):
Em 10 escolas, houve paralisação total de merendeiras:
– EC Aprodarmas, em Vila Nossa Senhora de Fátima
– EC Mestre D’armas, Vale do Amanhecer – Planaltina
– Caic Assis Chateubriand
– Escola Classe Vale do Sol, Vila Nossa Senhora de Fátima
– CED Stella dos Querubins, Setor Sul, Setor Tradicional – Planaltina
– Centro de Ensino Fundamental (CEF) Santos Dumont, Sítio do Gama, em
Santa Maria
– Escola Classe Frigorífico Industrial, Planaltina
– Escola Classe Estância, Planaltina
– Cesfat
– Escola Classe Rural Coopebras, Planaltina
Regionais onde houve paralisação:
– Planaltina – G&E e Juiz de Fora
– Paranoá – G&E e Juiz de Fora
– Sobradinho – G&E e Juiz de Fora
– São Sebastião – G&E e Juiz de Fora
– Gama – G&E
– Samambaia – Servegel e G&E
– Recanto das Emas – G&E
– Plano Piloto – Juiz de Fora