“Grande desafio”, diz general Pafiadache sobre a Secretaria de Saúde do DF
Até então, Pafiadache atuava como superintendente executivo do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF)
atualizado
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O general Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, novo secretário de Saúde do Distrito Federal, disse que chefiar uma das pastas mais importantes da capital federal será um “grande desafio”. “Chego para agregar e ajudar. É assim que vamos enfrentar esse desafio. O governador facilitou a minha chegada com os encaminhamentos que já fez. Vamos identificar o que podemos melhorar e atuar”, disse o militar do Exército.
Até então, Pafiadache atuava como superintendente executivo do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF). O general iniciou sua carreira em 1973, na Academia Militar das Agulhas Negras, sediada em Resende, Rio de Janeiro. Formou-se em 1976. Em 48 anos de carreira, já passou pela Presidência da República, sendo chefe da Segurança de Fernando Henrique Cardoso, de 2000 a 2002.
Também foi assistente do Conselheiro Militar da Missão Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e Organismos Internacionais, em Genebra, na Suíça (2003 a 2004), além de Diretor Administrativo do Instituto Hospital de Base do DF de 2018 a 2019.
Em coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira (27/8), Pafiadache foi anunciado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) e disse que, por ser militar, trabalha bem em equipe. Segundo ele, a pretensão é, primeiramente, fazer uma avaliação e atacar os pontos de real necessidade na Saúde na capital federal.
“É uma missão que eu recebi do governador. Eu não trabalho sozinho. Vou começar fazendo uma grande análise. Avaliar o que já estava dando certo e o que precisa melhorar”, disse.
Na solenidade, o governador disse que, um dos principais pontos a serem resolvidos, é a fila de 40 mil cirurgias na rede pública do DF. Segundo Ibaneis, os pacientes com Covid-19 internados nos hospitais regionais de Taguatinga, Ceilândia e Gama serão transferidos para hospitais de campanha. Assim, os procedimentos cirúrgicos podem ser retomados nessas unidades de saúde.
Sobre Pafiadache, Ibaneis considera o nome ideal para a função: “É uma pessoa que tem larga experiência na Saúde pública do DF”, disse.
Reviravolta
Nesta sexta-feira (27/8), após anunciar que assumiria ele mesmo a gestão da secretaria, o governador indicou um substituto temporário de Osnei Okumoto à frente da pasta. O nome de Artur Felipe Siqueira de Brito chegou a ser publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira, porém como interino.
Questionado sobre porque desistiu de assumir o cargo, o governador Ibaneis Rocha esclareceu que precisava de um nome. “Não é que eu desisti. Eu precisava que alguém assumisse a pasta da Saúde do DF. Eu vou continuar trabalhando junto com o general e vou atuar como se fosse. Nada melhor do que você já ter a pessoa. Eu estava procurando a pessoa e já encontrei. O meu compromisso com o general é trabalhar todos os procedimentos de forma bem próxima.”
Nas últimas 24 horas, houve reviravolta envolvendo a área. Osnei Okumoto foi exonerado, e o médico Alberto Aguiar Santos Neto chegou a ser anunciado como novo secretário, mas, pouco tempo depois, desistiu.
“A saída do Osnei vem num momento que precisamos virar a chave da Saúde no DF. Essa nova etapa requer um novo reforço de trabalho. Eles fez um belo trabalho na pasta e, agora, volta para o Hemocentro”, detalhou Ibaneis.
Durante o anúncio do novo secretário da pasta, o governador Ibaneis Rocha falou que, esse, é um momento de virada de chave na Saúde do DF e está baseada em cinco eixos. “Recursos humanos, contratação de insumos, infraestrutura com a reforma dos hospitais, pagamento dos débitos da Secretaria com R$ 390 milhões em atraso e o quinto eixo é a credibilidade”, afirmou o chefe do executivo local.
“Vamos acelerar as cirurgias eletivas. Vamos liberar 10 mil horas extras para que as equipes possam realizar as cirurgias. Hoje, estamos realizando 5 mil cirurgias por mês e, a ideia é fazer de 10 a 12 mil/mês”, disse Ibaneis.
Para a contratação de insumos, o governador disse que o GDF vai disponibilizar R$ 5 milhões para os Iges-DF para também acelerar as cirurgias no Hospital de Base.
“Estamos atuando em todas as áreas de modo que a gente possa melhorar rapidamente, virando a chave da saúde do DF e tirando a população do sufoco”, explicou.
“Vamos contratar mais 200 profissionais da área médica e administrativa para reforçar o atendimento, sem contar os 100 que já estão em processo de contratação temporária”, acrescentou.