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Gráfico interativo: veja os decretos publicados devido à Covid-19

As medidas ficaram mais restritivas conforme o número de casos de coronavírus aumentou no DF

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Gui Prímola/Metrópoles
coronavírus Brasília candangos arte ilustração
1 de 1 coronavírus Brasília candangos arte ilustração - Foto: Gui Prímola/Metrópoles

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de coronavírus, os decretos restringindo a abertura de estabelecimentos comerciais ou impondo outras medidas começaram a surgir. Desde então, pelo menos nove decisões desse tipo foram adotadas no Distrito Federal e outras quatro em nível federal.

Confira o gráfico animado criado pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, para ver como os decretos foram ficando mais restritivos conforme o número de casos foi aumentando no DF.

China provou que quarentena funciona

Para os epidemiologistas, os chineses conseguiram o que eles chamam de “atenuar a curva”. A resposta do país à doença foi uma série de medidas rigorosas de quarentena nas regiões mais afetadas. Cidades inteiras foram isoladas, viagens dentro do país ficaram restritas e cidadãos que viajaram ao exterior, além de estrangeiros, foram obrigados a se isolar.

O governo ainda proibiu a circulação de carros e transportes públicos pelas cidades mais afastadas e ordenou o fechamento de empresas e fábricas inteiras. Apenas locais que prestam serviços vitais, como hospital, farmácia e supermercado, seguiram abertos.

“A resposta naquela região foi fantástica: a epidemia se alastrou de maneira galopante, mas, agora, a China tem o melhor controle da doença do mundo. Tudo isso, claramente, facilitado por um regime no qual o governo manda e os cidadãos obedecem. Dificilmente, essas medidas seriam replicadas em países como os Estados Unidos e o Brasil”, disse o médico Alexandre Cunha, infectologista dos Hospitais Sírio Libanês e Brasília.

Apesar de críticas pelo excesso de autoritarismo, a OMS elogiou as medidas adotadas. Em um relatório no final de fevereiro, eles afirmaram que a “abordagem ousada mudou rapidamente o curso de uma epidemia crescente e mortal”.

 

Quarentena na Itália diminuiu casos, mas país ainda sofre

Ainda é cedo para cravar, mas os primeiros sinais indicam que as fortes restrições impostas pela Itália também desaceleraram o número de novos contaminados pelo coronavírus. Entre 1° e 9 de março, quando foram anunciadas as restrições à circulação no país, a média de crescimento de pessoas diagnosticadas de um dia para o outro estava em 24,4%. Desde então, esse valor caiu para 18,2%.

Além disso, o número vem caindo paulatinamente desde 12 de março. Nesse dia, houve crescimento de 22,8% na quantidade de pessoas infectadas quando comparado ao dia anterior. Em 13 de março, o valor foi de 21,3%. Desde esse momento, as quedas foram sucessivas até chegar a 13%, entre 16 e 17 de março.

A taxa de crescimento no número de contaminados é mais importante do que a quantidade absoluta de pessoas infectadas, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva de imprensa realizada ontem. O isolamento faz com que essa taxa fique menor e não sobrecarregue o sistema de saúde.

Segundo Alexandre Cunha, não existe uma fórmula de bolo para determinar uma quarentena. Para definir a intensidade e a duração dos períodos de reclusão, precisa-se levar em conta a dinâmica da transmissão viral.

“A extensão e a intensidade da quarentena devem ser discutidas caso a caso, a decisão precisa ser baseada em critérios técnicos. Existe gente especializada em fazer esse tipo de cálculo”, completa o médico.

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