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Graduação em descaso. Mato alto toma conta da UnB

Moradores e comerciantes da Colina, onde moram professores, reclamam do abandono. O medo é de crimes e doenças. Instituição diz que problema será resolvido em breve

atualizado

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Foto: Leonardo Arruda/Metrópoles
mato colina
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Chuvas e calor são ideais para o crescimento da vegetação. É por isso que, nessa época do ano, os serviços de podas e cuidados com jardins da cidade deveriam ser redobrados. Mas, infelizmente, não é o que tem sido feito na região da Universidade de Brasília (UnB), em especial na parte residencial, a Colina. Por lá, o mato alto toma conta da paisagem e traz incômodo a moradores, comerciantes e demais frequentadores. Em outras áreas da instituição, o problema se repete.

Mesmo trabalhando na UnB, a química Bárbara Lima, 35 anos, prefere ir de carro por causa das más condições do trajeto. “O mato alto e a falta de iluminação trazem sensação de insegurança. Não tem como vir a pé de noite. Já tentamos entrar em contato com a Prefeitura do Campus, mas a resposta foi negativa”, relata a moradora da Colina.

Foto: Leonardo Arruda/ Metrópoles
Bárbara Lima prefere andar de carro devido ao mato. Medo de animais e doenças também é frequente

 

O perigo é o mesmo para quem trabalha na região. “Todo ano é assim, fica esse mato. Mas ultimamente parece que está pior. Fico com bastante medo quando chego mais cedo e ainda está escuro. Um bandido pode muito bem se esconder nesse mato”, relata Ana Pereira da Costa, 51, que há 16 anos presta serviços em um bloco da parte residencial da UnB.

O mato na toma conta de praça no Colina
O mato na toma conta de praça na Colina

Além de tocaia para criminosos, o mato alto contribui para a proliferação de animais que podem transmitir doenças. “Não dá para visualizar se há pontos de concentração de água, usados por mosquitos da dengue. Sem contar ratos e outros bichos”, aponta Danilo Carvalho, 41, servidor que há 22 anos frequenta a região.

O estudante Paulo Santos, 22 anos, também reclama. Ele disse que na região próxima ao Instituto de Biologia o mato tomou conta dos locais destinados aos pedestres, aumentando a insegurança. “Estamos com medo”, revela.

Segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), os cuidados com jardins dentro do Campus são de responsabilidade da Universidade.

A universidade reconhece o problema. De acordo com o diretor de serviços gerais da Universidade de Brasília, Rômulo Garcia, as duas roçadeiras – equipamento que corta a grama – da instituição estavam quebradas. Um delas foi consertada e o corte da grama começou há uma semana. “Começamos pelo ICC e pela biblioteca. Mão de obra nós temos, mas está faltando equipamento. O próximo passo é cortar a grama próximo ao Instituto de Biologia. Vamos por prioridades”, afirmou.

Segundo Garcia, resultados mais concretos começarão a ser vistos a partir da próxima segunda-feira (4/1). “Estamos fazendo uma força tarefa para ações mais efetivas. Em janeiro, vamos contratar uma empresa para prestar o serviço e o problema será resolvido definitivamente”, completou. O diretor explicou que, na Colina, somente a área virada para a pista e outra no parquinho são de responsabilidade da Prefeitura. O corte de grama nos outros locais deveria ser feito pelo síndico do residencial.

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