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Governo estuda construção de novos cemitérios no Distrito Federal

Grupo de trabalho formado por representantes de secretarias e da Terracap foi criado nesta terça, por meio de decreto publicado no DODF

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Enterro menino morto pela mãe
1 de 1 Enterro menino morto pela mãe - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A construção de novos cemitérios na capital da República começa a ser estudada por um grupo de trabalho do Governo do Distrito Federal (GDF). O comitê foi instituído por meio da Portaria Conjunta nº 6, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta terça-feira (02/07/2019). Segundo estimativa da empresa administradora dos espaços existentes, quatro dos seis cemitérios da capital atingirão a capacidade máxima em dois anos.

A partir de agora, o grupo de trabalho deve promover um estudo de espaços públicos para a criação de novas áreas para sepultamentos, com o intuito de atender melhor a população do DF. De acordo com a publicação, em um prazo de 90 dias, o colegiado terá de elaborar e apresentar um relatório final contendo a proposta de possíveis locais de ocupação.

Participam da composição do comitê, servidores da Casa Civil, Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Secretaria de Justiça e Cidadania e da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). A atividade é serviço público relevante e não enseja qualquer tipo de remuneração aos participantes.

Capacidade esgotada

Em maio deste ano, o Metrópoles mostrou a situação no Distrito Federal. Com cerca de 490 mil pessoas sepultadas e média de 950 enterros por mês, a previsão é que, em breve, somente famílias com jazigos já comprados consigam garantir espaço para seus entes queridos.

As unidades de Taguatinga e Gama estão com as vagas esgotadas. Planaltina tem vida útil para mais seis meses. Agora, restam Asa Sul, Brazlândia e Sobradinho, que somam 2,131 mil túmulos disponíveis – cada um com três gavetas. Para pessoas da mesma família, existem 90 mil sepulturas livres.

Além disso, há mais de 80 mil gavetas já arrendadas ou adquiridas que ainda não foram usadas e estão disponíveis para os proprietários.

De acordo com o Campo da Esperança, desde que assumiu o comando dos cemitérios do DF, em 2002, a vida útil das áreas aumentou em 17 anos com a adoção do modelo cemitério-parque. “À época, a previsão de esgotamento na Asa Sul, por exemplo, era de 10 meses. A demanda aumentou em 10% desde 2002, quando a concessionária assumiu a gestão”, destacou.

Cremação

Atualmente, o Distrito Federal não dispõe do serviço de cremação. A empresa mais próxima que realiza o procedimento fica em Valparaíso (GO). Desde 2002, a diretoria do Campo da Esperança apresenta projeto para construir o crematório. A autorização já foi concedida – porém, a liberação do terreno destinado à atividade está ocupado pelo GDF. Além disso, falta o processo de licenciamento do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

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