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Governador de MG critica afastamento de Ibaneis Rocha: “Arbitrário”

Romeu Zema defendeu que Ibaneis Rocha não agiu contra a democracia e considerou que erro não seria motivo para afastamento do cargo

atualizado

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Romeu Zema discursa cestindo uma camisa azul com botões brancos | Metrópoles
1 de 1 Romeu Zema discursa cestindo uma camisa azul com botões brancos | Metrópoles - Foto: FCDL-MG/Divulgação

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de afastar, por 90 dias, o chefe do Executivo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). A medida se deu após os episódios de terrorismo em Brasília.

“O governador de Brasília pode ter agido com falta de competência, não contra a democracia. Então, talvez, esse afastamento pode ser algo tanto quanto arbitrário neste momento. Ninguém é eficiente 100% do tempo. Se alguém erra, não é motivo para ser afastado”, disse Zema, em entrevista ao canal CNN, nesta segunda-feira (9/1),

Romeu Zema cobrou identificação dos responsáveis pelos ataques, mas comparou, diversas vezes, o vandalismo deste domingo às manifestações de 2013.

“Até que a investigação seja concluída, levada adiante, é sempre prematuro [apontar culpados]. Em 2013, no Brasil, nós tivemos uma série de manifestações públicas pelo que me recordo totalmente apartidárias. Quando há uma aglomeração tão grande, como ontem em Brasília, a situação sai do controle. É muito difícil falar que alguém organizou isso”, afirmou Zema.

O governador de MG também condenou os ataques em Brasília e afirmou que manifestação “não se faz com depredação do bem público”. “Não é dessa maneira que vamos construir um país melhor. É inadmissível”, reforçou.

Afastamento de Ibaneis

A medida se deu após atos terroristas cometidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O vandalismo deixou um rastro de destruição em prédios dos Três Poderes federais: Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional.

Moraes atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), “em face da prática de atos terroristas contra a democracia e as instituições brasileiras”.

Ibaneis gravou um vídeo horas após o quebra-quebra e a entrada de bolsonaristas nos prédios públicos. No registro, o governador afastado pede desculpas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP); do Senado, Rodrigo Pacheco (MDB); e do STF, Rosa Weber.

“Todos sabem da minha origem democrática, do meu trabalho junto à Ordem dos Advogados [do Brasil] na defesa da democracia do nosso país. O que aconteceu hoje na nossa cidade foi, simplesmente, inaceitável”, declarou.

Ibaneis acrescentou que acompanhou o movimento dos extremistas desde sábado (7/1), junto ao ministro da da Justiça, Flávio Dino, mas não acreditava que a situação tomaria alcançaria tamanha proporção.

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