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Golpistas zombam de vítimas e enviam foto de preso fumando “baseado”

Responsáveis pela quadrilha do golpe da “falsa pousada”, criminosos zombavam de vítimas e enviavam fotos afirmando já estarem presos

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Após enganarem clientes interessados em se hospedar em Pirenópolis (GO), destino turístico no Entorno do Distrito Federal, os criminosos da quadrilha da “falsa pousada” zombavam das vítimas que buscavam os golpistas para tirar satisfação. Questionados, os bandidos tentavam amedrontar os clientes prejudicados, lhes enviando fotos de presos em celas, com um cigarro de maconha na mão. “Já estamos aqui dentro, é até fácil”, alegaram. A imagem, porém, é antiga e circula nas redes sociais pelo menos desde 2019.

Veja:

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Golpistas fumavam baseado em cela de prisão
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Golpistas fumavam baseado em cela de prisão

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A esteticista Yasmin Izabel, 25, conta que conheceu a suposta pousada pelo Instagram, enquanto planejava uma viagem de aniversário de casamento com o marido. Assim como muitas outras vítimas, ela foi ludibriada pelo perfil nas redes sociais com grande número de seguidores e pela postura “profissional” dos golpistas durante as negociações por meio de aplicativo de mensagens.

“[A página administrada pelos golpistas] tinha postagens realistas e bastante seguidores, e pelo WhatsApp eles tiravam todas as minhas dúvidas e me respondiam muito rápido. Então eu achei que estivesse tudo ‘certinho’, mas nove dias antes da data da reserva, eles não me respondiam mais e eu pensei ‘como deve estar chovendo, ele devem estar sem internet'”, lembra a moradora do DF.

A mulher percebeu, então, o golpe quando foi buscar outra forma de contato pelo site da suposta pousada. No endereço on-line, percebeu que o local de fato existia, mas que nem o número de WhatsApp nem a página do Instagram eram os mesmos com o qual havia negociado.

“Pedi, então, ao meu esposo que mandasse mensagem para a ‘pousada’ e que tentasse marcar uma reserva para o mesmo dia. Quando disseram que havia vaga para a data que tinha escolhido, percebi que caímos em um golpe”, conclui.

Yasmin registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e tentou contato com ambos os bancos envolvidos na transferência feita via Pix, mas sem sucesso de obter os valores da diária de volta. E quando ela decidiu buscar satisfação com os golpistas pelo perfil nas redes sociais, ela foi alvo das ironias dos criminosos.

“Nem sei se a foto é verdadeira, mas eu acho que eles mandaram isso para me assustar e impedir que eu tentasse tomar alguma providência, já que eles ‘já estariam lá dentro'”, completa Yasmin.

Ao todo, três golpistas foram presos pela PCDF. Dois suspeitos foram alvos de mandados de prisão cumpridos pela operação dessa quarta (13/11), em Goiânia (GO). Um terceiro estelionatário havia sido detido na última sexta-feira (8/11).

Golpe da falsa pousada

A quadrilha especializada no golpe da “falsa pousada” foi alvo de operação da PCDF, deflagrada nesta quarta-feira (13/11). Os golpistas mantinham páginas nas redes sociais com nomes de pousadas reais da cidade de Pirenópolis (GO), região de alta procura na capital federal.

Os criminosos usavam publicações constantes, e aparentemente realistas, postagens patrocinadas e um grande número de seguidores para atrair as vítimas, que não desconfiavam estarem caindo em um golpe. Os donos das pousadas usadas como chamariz para os golpes não têm ligação com o esquema criminoso, segundo a PCDF.

Para garantir recebimentos rápidos e gerar mais dificuldade para que as vítimas tentassem recuperar os valores, a última estratégia dos golpistas era oferecer descontos que iam de 10% a até 20% do valor da diária para pagamentos via Pix.

“Quando falaram do desconto, eu logo fiz a transferência. E quando eu finalmente voltei a entrar em contato com eles [e percebeu ter sido vítima de golpe] já era tarde demais para tentar o estorno do valor”, acrescenta Lindomar.

Conforme apurado pela reportagem, para receber os valores, os golpistas utilizavam contas em bancos digitais, registrados em números de CNPJ registrados no Maranhão, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Segundo os próprios golpistas, as contas seriam criadas sem conhecimento dos envolvidos.

Além dos mandados de prisão, os policiais cumpriram três ordens judiciais para busca e apreensão nas casas dos suspeitos. As medidas foram autorizadas pelo juiz da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia.

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