Golpistas do DF extorquiam mulheres casadas para manter vida de luxo
Eles foram presos em uma cobertura na Praia de Ponta Negra, um dos endereços mais nobres de Natal (RN)
atualizado
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Equipe da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) prendeu dois integrantes de uma associação criminosa que aplicava golpes de financiamento de veículos em nome de terceiros em diversas regiões do Distrito Federal. Além disso, seduziam e extorquiam mulheres nas redes sociais.
Os homens foram presos, na quinta-feira (29/3), em uma cobertura de luxo em Ponta Negra, uma das praias mais conhecidas de Natal (RN). A ação contou com a ajuda da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
Eles são suspeitos de falsificar documentos para alugar carros em locadoras. De posse dos veículos, adulteravam as placas e revendiam os automóveis em cidades do Norte e Nordeste. Também, aproximavam-se de mulheres, na maioria das vezes casadas, com o objetivo de solicitar empréstimos bancários.
Encontravam os alvos nas redes sociais e ostentavam uma vida de luxo. Mostravam fotos em uma Ferrari, demonstravam querer um relacionamento amoroso e, quando as vítimas cediam à conquista, as convenciam a fazer empréstimos bancários em favor deles. Nas mensagens trocadas, eles também pediam às mulheres fotos delas em posições sensuais e nuas.De acordo com informações da Polícia Civil, se as mulheres desistissem dos financiamentos ou ameaçassem denunciá-los, os integrantes da associação passavam a extorqui-las, dizendo que contariam tudo aos maridos e divulgariam as fotos comprometedoras.
Segundo as investigações, com o dinheiro obtido depois da aplicação dos golpes, Anderson Medeiros de Andrade e Max Jean de Carvalho levavam uma vida cercada de riquezas.
As investigações apontam que pelo menos quatro pessoas fazem parte do grupo. Eles mantinham uma agência de automóveis em Ceilândia para fazer todas as transações nos bancos.“Quando eles souberam que estavam sendo alvo de uma ação policial, foram para Natal e lá, com o dinheiro dos golpes, adquiriram uma fazenda com criadouro de camarões que gerava renda de até R$ 250 mil mensais”, explicou o delegado-chefe responsável pela investigação, Fernando Fernandes.
Ao todo, mais de 30 ocorrências foram registradas pela PCDF relacionadas à quadrilha. Os envolvidos acabaram presos por associação criminosa e estelionato. “Eles foram trazidos ao DF e serão interrogados na 19ª DP para, depois, descerem para a penitenciária”, concluiu o delegado.
Assista aos vídeos da ação policial: