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Golpe tentado, governador afastado e mais de 1 mil presos: a semana que durou um ano no DF

O Metrópoles elencou os principais acontecimentos registrados após invasões e depredações aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro

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Manifestantes são presos na cúpula do Congresso Nacional pela PMDF 2
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Há uma semana, o Distrito Federal tornava-se palco de uma série de atos de vandalismo que acarretaram em diversas mudanças na capital do país. O Metrópoles elencou os principais acontecimentos registrados após as invasões e depredações aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Por volta das 14h do dia 8, bolsonaristas que estavam acampados no Quartel-General do Exército em Brasília se juntaram aos que chegaram dias antes em uma caminhada em direção à Esplanada dos Ministérios. A princípio, eles protestavam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.

Quarenta minutos depois, os extremistas invadiram o Congresso Nacional e promoveram um quebra-quebra sem precedentes. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar (PMDF) e entraram no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, onde continuaram a destruição. Por último, foram para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos prédios públicos, os vândalos quebraram vidros, portas, danificaram obras de arte e itens históricos. Durante a confusão, há imagens e vídeos que mostram falhas das forças de segurança, que deveriam proteger os prédios.

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O controle dos prédios dos Três Poderes só foram retomados por volta das 20h. Golpistas que estavam no local e também no QG do Exército foram presos.

Na manhã do dia seguinte, segunda-feira (9/1), uma mega operação deflagrada por forças de segurança do DF desmontaram o acampamento em frente ao QG. Os bolsonaristas, que ficaram mais de 2 meses no local, foram presos e levados à Academia da Polícia Federal (PF). Ao todo, 1.187 mil extremistas acabaram transferidos para a Papuda e Colmeia: 766 homens e 421 mulheres.

Dias depois, o ministro da Justiça Flávio Dino revelou que havia um acordo de segurança com o GDF que não foi seguido.

SSP-DF orientou PM a agir contra bolsonaristas 2 dias antes de atos terroristas e confirma negligência

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Extremistas invadem o STF no 8 de Janeiro
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Exonerações e prisões

Ainda no domingo, diante do caos instalado na capital da República, o governador Ibaneis Rocha (MDB) exonerou o então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. O emedebista ainda publicou um vídeo pedindo desculpas ao governo federal e aos outros Poderes pelo ocorrido.

Porém, o ministro do STF Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo de governador por 90 dias, alegando que nada justifica “a omissão e conivência do secretário de Segurança Pública e do governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”. A vice, Celina Leão (PP) assumiu o GDF.

No mesmo dia, Lula decretou intervenção federal na segurança pública do DF. Ricardo Cappelli foi nomeado como interventor e, em uma semana, promoveu uma série de exonerações e trocas na Secretaria de Segurança Pública.

Entre os destaques, o comandante-geral da PMDF, o coronel Fábio Vieira, foi exonerado e preso. Anderson Torres também teve a prisão decretada por Moraes — como está nos Estados Unidos desde 6 de janeiro, ele ainda não se entregou à Polícia Federal (PF).

Inquéritos abertos

Diante do ocorrido, o Ministério Público Federal (MPF) e outros órgãos de fiscalização abriram uma série de inquéritos para apurar e punir os financiadores e executores dos atos.

O governador afastado Ibaneis, Anderson Torres, Fernando Oliveira, secretário interino da SSP-DF, e Fábio Augusto, ex-comandante da PMDF serão investigados em um novo inquérito no STF, separado do denominado inquérito dos “atos antidemocráticos”.

Na última sexta (13/1), Ibaneis foi, espontaneamente, até a PF para prestar depoimento. Aos agentes, o emedebista afirmou que o procedimento de remoção do acampamento do QG começou ainda em 29 de dezembro, “mas foi sustado logo no início por ordem do Comando do Exército”.

Veja detalhes do depoimento de Ibaneis à PF

A conduta de policiais militares e civis também está na mira. As investigações determinarão se policiais foram negligentes na ação contra os terroristas que destruíram os prédios dos Três Poderes.

A Câmara Legislativa (CLDF), por unanimidade, decidiu instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos. Com duração de 180 dias, a CPI pode, se necessário, ser prorrogada por mais 90.

A CPI tem poder de investigação próprio das autoridades judiciais e autonomia para promover diligências, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, tomar depoimentos de autoridades, bem como requisitar da administração pública informações, documentos e serviços, inclusive policiais.

Lula x Bolsonaro

Ao longo dos últimos dias, o presidente Lula se manifestou acerca dos ocorridos. Ele está convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi “aberta por alguém de dentro”, já não haveria sinais de arrombamento.

Na visão de Lula, o ato serviu de alerta para que se tenha mais cuidado e se reestabeleça a paz e a harmonia no país. As forças de segurança, para Lula, devem respeitar o propósito de servir ao país, e não ter lado.

Sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disse que não pretende “ficar brigando”.

“Eu não quero fazer disso o meu mandato. O meu mandato não é ficar brigando com o Bolsonaro. É brigar contra a fome, contra a desigualdade, contra o desemprego”.

Já o ex-presidente está em Orlando (EUA) desde o final de 2022. Na noite do atentado no coração da capital federal, ele acabou ingerindo bananas antes de dormir e o alimento, não recomendado no período noturno pelos médicos que o acompanham desde 2018 – quando Bolsonaro foi esfaqueado durante campanha eleitoral e precisou passar por cinco cirurgias – resultou em forte mal-estar.

Com isso, o ex-chefe do executivo Federal foi levado às pressas para o hospital AdventHealth Celebration Hospital, em Kissimmee.

 

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