Goiás: água invade trilha e quase arrasta turistas na Chapada. Vídeo
Caso aconteceu nessa segunda-feira (30), na Chapada dos Veadeiros. Cinco conhecidos faziam trilha quando cabeça d’água invadiu o caminho
atualizado
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Cinco turistas passaram por um verdadeiro sufoco, nessa segunda-feira (30/12), ao caminhar por uma trilha dentro do complexo Almécegas – que abriga três cachoeiras na Chapada dos Veadeiros (GO).
Em um vídeo é possível ver o momento em que os amigos lutam contra as águas para não serem arrastados pelas correntezas. Ao Metrópoles, a servidora pública federal Lana Guedes, 43 anos, contou que ela, a filha de 16 anos, um casal de amigos e o ex-companheiro – pai da adolescente – retornavam ao local onde estavam hospedados quando um cabeça d’água invadiu a trilha por onde passavam.
“Fizemos a trilha, fomos ao mirante observar as cachoeiras e tirar fotos. Quando percebemos que começava a chuviscar, resolvemos voltar pela mesma trilha. No que voltamos, o caminho virou uma verdadeira cachoeira. Tudo aconteceu em menos de 1h”, disse Lana.
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“O pai da minha filha foi arrastado pela correnteza, mas conseguiu segurar em um galho e apoiar em uma pedra. Foi por causa dele que conseguimos salvar nossas vidas. Lá [local onde ocorreu o incidente] estava raso, mas a força da água nos derrubava. Foram momentos aterrorizantes. A gente têm conhecimento que em período de chuva há possibilidade de cabeça d’água em cachoeira. Mas ninguém espera que terá cabeça d’água em uma trilha”, desabafou a servidora.
Segundo Lana, os envolvidos pagaram R$ 70, cada, para entrar no complexo. No entanto, conforme contou à reportagem, em “momento algum” foram informados sobre risco de alagamento. “Perguntamos e disseram que a trilha era segura, plana e sem dificuldade. Disseram que estava proibido banho na cachoeira, mas não falaram sobre risco de alagamento”, pontuou.
“Não havia placas informando do perigo, não tinha brigadistas ou alguém para pedir socorro. O local estava cheio de turistas. É uma propriedade privada. Se vocês está pagando para entrar, eles precisam oferecer o mínimo de segurança para o turista. Além disso, tivemos que provar o que tinha acontecido”, contou.
A mulher disse, ainda, que ela e os envolvidos se sentiram negligenciados: “Se a gente não tivesse o vídeo, não teriam sequer fechado a cachoeira. O que me deixou mais desapontada foi essa negligência do estabelecimento, que não passou as informações e não deixou brigadistas para socorrer em casos como esse”.
Apesar do susto e de escoriações, Lana e os companheiros passam bem. O Corpo de Bombeiro Militar de Goiás (CBMGO) não foi acionado para a ocorrência, mas aproveitou para mandar uma mensagem de alerta a turistas durante períodos chuvosos.
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