Gestão compartilhada: GDF estuda fim de transferência em escola
Sucesso do método no CED 01 da Estrutural fez com que pais, estudantes e professores pedissem a interrupção das remoções
atualizado
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A transferência anual de estudantes do Centro Educacional 01 (CED 01), na Estrutural, para outras unidades de ensino do Distrito Federal pode ter um fim. A Secretaria de Educação (SEEDF) estuda medidas para que os alunos do 5º ao 7º ano não precisem mais deixar a escola, o que acontecia com o objetivo de que vagas fossem abertas a discentes vindos das escolas classes 01 e 02 da mesma região.
O CED 01 foi um dos primeiros colégios públicos com a gestão compartilhada na capital. Até 2018, cerca de 400 estudantes saíam de lá para outras unidades — de acordo com a proximidade da casa do aluno ou o local de trabalho dos responsáveis — porque não havia espaço para tanta gente. Entretanto, a própria comunidade pediu a interrupção das remoções.
Um dos motivos é a satisfação de pais, alunos e professores com o método compartilhado. O projeto foi aprovado em 13 de fevereiro. Depois, uma pesquisa realizada pelo Instituto Exata, entre 11 e 12 de junho, com a participação de 925 entrevistados, mostrou que a gestão tinha 88% de respostas positivas.
O estudo consultou homens e mulheres, com idade entre 16 e 60 anos, e apontou que 90% dos entrevistados compreendem a importância da iniciativa.“Estamos todos muito empolgados; os pais, principalmente, muito satisfeitos”, avalia Estela Accioly, diretora do CED 01 da Estrutural.
Prática
A unidade atende estudantes do 4º ano ao 7º ano do ensino fundamental, que contam com a gestão compartilhada, além dos jovens do 1º ao 3º ano do ensino médio. Para a diretora, os números da pesquisa expõem a prática vivida pela escola.
“Embora seja cedo para avaliar profundamente essas mudanças, até agora, o que temos visto é uma evolução muito grande no processo de aprendizagem de todos os alunos”, aponta Accioly.
Diante da resposta positiva, o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, pediu um estudo para que os alunos deixassem de ser transferidos. Solicitou também outras soluções, como a expansão de salas nas escolas da Estrutural e a construção de novas unidades. (Com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Educação)