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General Heleno é ouvido em CPI dos Atos Antidemocráticos nesta quinta; acompanhe

Ex-ministro de Jair Bolsonaro, general Heleno será ouvido por deputados distritais em CPI que investiga tentativa de golpe

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Hugo Barreto/Metrópoles
Heleno na CPI
1 de 1 Heleno na CPI - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos ouve nesta quinta-feira (1º/6) o primeiro ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL). A investigação sobre a tentativa de golpe, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), recebe o general Augusto Heleno, a partir das 10h. Acompanhe:

Ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Heleno foi convidado pelos deputados após um acordo com assessores parlamentares do Exército. O trato foi a garantia da presença dele e do general Gustavo Henrique Dutra, já ouvido, desde que fosse retirado o requerimento de convocação de ambos.

Na primeira declaração na CPI, ele negou qualquer ação contra o resultado das urnas. “Fui, o tempo todo, extremamente leal ao presidente da República, que admitiu o resultado das eleições. Eu segui, e não havia outra solução, tínhamos que acatar o resultado das eleições”, afirmou. Sobre tentativa de golpe, ele criticou o uso do termo.

“O tratamento que estão dando para a palavra golpe não é adequado. Golpe precisa ter líderes, líder principal, não é uma atitude simples, ainda mais em um país como o Brasil. Esse termo golpe está sendo empregado com extrema vulgaridade. Não é uma coisa simples de se avaliar que uma manifestação, uma demonstração de insatisfação possa se caracterizar um golpe. Em 12 de dezembro, por exemplo, foram ações completamente desordenadas. É bom verificar essa palavra golpe, se não está sendo exagerada.”

Deputados distritais avaliam o depoimento como “decisivo”. Os parlamentares da bancada da esquerda preparam questionamentos que procuram esclarecer não só omissões, mas possíveis ações de Heleno que puderam incentivar uma tentativa de golpe de Estado.

Vídeos preparados pelos deputados na CPI mostram declarações do general. Um deles foi o áudio, revelado pela coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, em que Heleno afirma que precisava tomar remédios psiquiátricos “na veia” diariamente para não levar Jair Bolsonaro a tomar “uma atitude mais drástica” contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Veja:

Também será exibido um vídeo que uma bolsonarista gravou com Heleno em um shopping de Brasília. Nele, o general manda uma “saudação muito emocionada a todos que são os grandes heróis do Brasil hoje”, fazendo referência aos acampados em frente aos quartéis-generais, “e estão lutando para mostrar ao mundo que o país não aceita” Lula como presidente.

 

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