Gêmeas prematuras com glaucoma passam por cirurgia delicada no DF
Elas foram diagnosticadas com glaucoma congênito e precisaram aguardar até terem peso suficiente para a realização do procedimento
atualizado
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Duas bebês prematuras passaram, nessa terça-feira (8/12), por uma cirurgia delicada para corrigir um problema raro de glaucoma congênito. Por terem nascido seis semanas antes do previsto, foi necessário esperar que Manuela e Mariana chegassem a um peso suficiente para aguentar o procedimento, que foi considerado um sucesso.
A operação ocorreu no Hospital de Base e demorou cerca de uma hora em cada um dos olhos. A doença é causada pela má-formação de um tecido ocular, o que acaba pressionando os nervos ópticos.
Enquanto Mariana tinha os dois olhos afetados, Manuela teve apenas a visão do olho direito comprometida. Conforme explica a oftalmologista Nara Lopes, que operou as gêmeas, é preciso uma estimulação visual após a intervenção para que o glaucoma não volte a se formar. “Removemos essa camada malformada, mas, às vezes, ela acaba se formando de novo, então os pacientes podem ter de passar novamente pelo procedimento cirúrgico”, diz.
Segundo ela, apesar de dar maior qualidade de vida às meninas, pode ser que elas não enxerguem tão bem quando crescerem. “Provavelmente ela nunca vai enxergar 100%, mas, com o procedimento, é possível dar uma vida normal para as crianças”, pontua.
As irmãs receberam alta nesta quarta (9/12) e foram para casa com a mãe, Milane Santos, 21 anos. “Não vou falar que não estou nervosa, mas, ao mesmo tempo, me sinto aliviada, porque agora sei que elas vão ter uma visão normal”, disse ela, enquanto acompanhava de perto a cirurgia nas filhas.