GDF terá de apresentar dados sobre infecção de Covid em jogo do Flamengo
O MPDFT deu 60 dias para a Secretaria de Saúde demonstrar estudos com impacto da partida realizada em 21 de julho, no Estádio Mané Garrincha
atualizado
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A Subsecretaria de Vigilância à Saúde do DF terá de apresentar, em até 60 dias, um estudo sobre o impacto da partida entre Flamengo e Defensa Y Justicia, pela Copa Libertadores, nos casos de Covid-19 na capital. Uma equipe do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fiscalizou o primeiro jogo com público no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em 21 de julho, e verificou a necessidade de ajustes.
A força-tarefa de enfrentamento à Covid-19 do MPDFT fez a requisição para a pasta da saúde nesta quarta-feira (28/7). O pedido é de realização de investigação epidemiológica com estudo retrospectivo para verificação do impacto da partida no número de casos de Covid-19 entre os presentes.
Devido ao decreto nº 42.297, de 14 de julho de 2021, foi liberada a realização de eventos esportivos com presença de 25% da capacidade dos estádios. No entanto, o MPDFT quer aprimorar os meios e formas de cumprimento dos protocolos e medidas sanitárias protetivas contra a disseminação da Covid no DF.
“A força-tarefa tem procurado manter diálogo constante com os organizadores das competições e com os órgãos públicos responsáveis pela fiscalização e monitoramento dos eventos”, afirmou o procurador de Justiça Eduardo Sabo.
Para o Ministério Público, além de serem fundamentais para o adequado acompanhamento das atividades de combate à Covid-19, os resultados do estudo epidemiológico solicitado poderão subsidiar o governo distrital na avaliação de eventuais ajustes necessários à melhoria da sistemática vigente relativa à proteção sanitária em eventos com participação de público.
Atuação
A equipe da força-tarefa realizou inspeção no Estádio Nacional Mané Garrincha dias antes e também durante a partida entre o Flamengo e Defensa y Justicia, em 21 de julho. O objetivo da iniciativa foi observar se organizadores do evento e o público presente cumpririam os protocolos sanitários vigentes contra a disseminação da Covid-19.
A equipe responsável pela inspeção constatou a ocorrência de casos de descumprimento de medidas protetivas, tais como não observância da distância mínima de segurança entre torcedores e o não uso de máscaras de proteção facial, o que evidenciou a necessidade de ajustes.
A força-tarefa expediu recomendação, no dia 16 de julho, para que os torcedores fossem orientados desde a chegada, a fim de evitar aglomerações, com demarcação e organização de filas e lugares no interior da arena; para o reforço das medidas de limpeza e higienização de superfícies, a fiscalização do uso de máscaras de proteção facial e o aumento no quantitativo de brigadistas e funcionários de segurança privada, entre outras medidas.
Dias antes da partida, integrantes do MPDFT também estiveram reunidos com representantes da Secretaria de Segurança Pública, da Arena BSB e do Flamengo, além de outros órgãos envolvidos na realização e fiscalização das partidas, para debater as medidas adequadas de segurança sanitária para a realização de jogos com a presença de torcedores.