GDF quer vacinar quem tem comorbidade. Veja as mais letais para Covid
Segundo o boletim epidemiológico de quinta-feira (22/4), 82,9% das pessoas mortas pelo novo coronavírus tinham doenças preexistentes
atualizado
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Para frear as mortes causadas direta e indiretamente pela Covid-19, o Ministério da Saúde recomendou a vacinação de pessoas com comorbidades, por faixa etária. Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde na quinta-feira (22/4), 82,9% das vítimas do novo coronavírus tinham doenças preexistentes.
No DF, há 220 mil moradores com alguma comorbidade. Entre as 7.440 pessoas que perderam a vida na pandemia, 6.171 tinham algum tipo de enfermidade. A maior parte delas já sofria com problemas de coração antes de contrair o vírus. De acordo com o boletim, 4.551 pacientes mortos eram cardiopatas, representando 61,2% do total de perdas.
O segundo grupo com o maior número de óbitos é formado por pessoas com distúrbios metabólicos: 2.820. Percentualmente, respondem por 37,9%. O terceiro mais atingido é o que inclui os obesos. A doença matou direta ou indiretamente 959 pessoas dessa população. Ou seja, 12,9% do total.
Pneumopatias somaram 806 vidas perdidas, o equivalentes a 10,8% das vítimas. A pandemia do novo coronavírus também se mostrou mais letal entre pacientes com doenças hematológicas, imunossupressão, nefropatias, entre outras comorbidades.
Pelo Twitter, na quinta-feira (22/4), o governador Ibaneis Rocha (MDB) sinalizou a intenção de vacinar esse público. “Conforme a ordem de prioridades definida por portaria nacional, depois da vacinação dos idosos (até 60 anos), o próximo passo será iniciar a vacinação de pessoas com comorbidades, além dos professores”, publicou.
Em reunião extraordinária da Comissão Especial da Vacinação contra a Covid-19 na Câmara Legislativa (CLDF), na terça-feira (20/4), o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, também indicou o desejo do governo de começar a imunizar quem tem hipertensão, diabetes e outras enfermidades.
Infecção versus óbitos
Segundo o boletim, o novo coronavírus infectou 202.310 mulheres e 168.376 homens, em termos percentuais representam respectivamente 54,6% e 45,4% dos casos. Mas na análise das mortes essa relação se inverte. Entre as vítimas, 4.258 são do sexo masculino e 3.182, do feminino. A proporção vira para 57,2% e 42,8%.