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GDF quer dividir conta do Carnaval 2020 com blocos, escolas e empresas

Secretário de Cultura faz balanço positivo da folia 2019, mas admite que a festança precisa ser melhorada no financiamento e na segurança

atualizado

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Tatyane Mendes/Metrópoles
Carnaval 2019: Setor Comercial Sul
1 de 1 Carnaval 2019: Setor Comercial Sul - Foto: Tatyane Mendes/Metrópoles

O Governo do Distrito Federal (GDF) quer dividir a conta do próximo Carnaval com blocos de rua, escolas de samba e patrocinadores. Com as contas no vermelho, o Palácio do Buriti pretende acabar com a dependência do dinheiro público para a realização da festa do Rei Momo.

Segundo o secretário de Cultura, Adão Cândido, a organização para a folia começará em maio e o novo modelo estará na praça em agosto, para garantir o tempo de preparação. Em 2020, o Carnaval também marcará o início do aniversário de 60 anos de Brasília.

Do ponto de vista do secretário, a festa deste ano teve um balanço positivo, dando palco para a diversidade e a liberdade de expressão. Contudo, Cândido reconhece que a próxima edição precisa ser melhorada tanto no que se refere ao financiamento e quanto à segurança. “Todo o Carnaval vai ser aprimorado com um trabalho integrado do governo e de todos os atores envolvidos. Vamos começar com um seminário em maio”, comentou.

Alegando falta de dinheiro, alguns blocos tradicionais não saíram e as escolas de samba não desfilaram. Além disso, diversos episódios de violência e vandalismo tiraram o brilho da folia. Para Cândido, na gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB), os próximos carnavais não podem mais depender exclusivamente do dinheiro público. Na leitura do secretário, carnavalescos e patrocinadores precisam dividir essa conta.

“O modelo baseado no orçamento público tem uma limitação objetiva e ficou muito ruim. Não dá para bolar uma festa e passar a fatura para o governo. Essa relação vai ter que ser melhorada”, afirmou. Na festa de 2019, o governo investiu R$ 5 milhões, desse total R$ 3,5 milhões vieram dos cofres públicos, enquanto R$ 1,5 milhão partiu da Ambev.

Do bolo, R$ 2 milhões foram repassados diretamente para os blocos de rua. Isso sem contar com o investimento indireto com os serviços da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, Metrô, e SLU.

Nesse contexto, o secretário destacou que blocos como o Suvaco da Asa, Eduardo e Mônica e Babydoll de Nylon montaram grandes festas sem depender exclusivamente da verba pública. “Ao mesmo tempo, alguns que receberam não fizeram festas tão boas. Não há relação causal. Tem mais a ver com o modelo de cada bloco do que com apoio o público”, contou. O bloco dos Raparigueiros  recebeu financiamento do GDF, mas não pulou nas ruas em todos os dias de folia.

Sobre a segurança, Cândido considera que o próximo Carnaval poderá ter áreas de diversão maiores, para evitar a grande concentração de pessoas em um espaço reduzido, justamente para facilitar o trabalho do policiamento. Outras propostas são o reforço das exigências de segurança privada em parceria com a PM, junto com o aumento da fiscalização nos deslocamentos entre as cidades.

Por outro lado, o secretário declarou que a proposta de polos de Carnaval mostrou um bom desempenho. “Vamos fazer uma pesquisa com a Codeplan para analisar o Carnaval com detalhes. Com isso, teremos maiores informações para preparar a festa do ano que vem, que será muito especial para o DF”, emendou. Cândido ressaltou que a folia deste ano foi feita com o orçamento do governo passado, de Rodrigo Rollemberg (PSB).

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