GDF proíbe coleta por cooperativas e quer auxílio para catadores
Medida é para evitar que catadores tenham contato com lixo contaminado por pacientes com coronavírus que estão em isolamento domiciliar
atualizado
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Por causa da pandemia do coronavírus, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou, na noite de quinta-feira (19/03) que o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) centralize a coleta de todo o lixo no Distrito Federal. Até então, cooperativas auxiliavam as empresas terceirizadas no recolhimento do material descartado. A nova deliberação será publicada em edição extra do Diário Oficial (DODF).
Para não pesar no bolso dos catadores, que dependem do trabalho da coleta seletiva, o chefe do Executivo determinou a criação de um auxílio financeiro para essas famílias. A ideia é garantir uma bolsa no valor de um salário mínimo para cada catador cadastrado que seja afetado pela nova determinação de combate à doença. O Palácio do Buriti ainda estuda o instrumento para garantir o sustento dos catadores.
A iniciativa integra o pacote de medidas determinadas pelo governador Ibaneis para reduzir a contaminação de pessoas que residem no DF. A decisão ocorreu após o comitê de monitoramento da covid-19, instalado no Palácio do Buriti, avaliar o grande número de pacientes confirmados com a nova doença e que estão em isolamento domiciliar.
A nova regra é preventiva e foi criada para evitar que os catadores tenham contato direto com o lixo produzido pelos pacientes, já que o coronavírus consegue resistir por pelo menos 12 horas em qualquer superfície em que tenha contato. A ideia é evitar o crescimento da doença entre a população do DF.