GDF prepara cartão para pagar academia e inglês a estudantes
O projeto Contraturno Digital, em elaboração pelo governo, prevê benefício para jovens da capital
atualizado
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O Governo do Distrito Federal (GDF) estuda a concessão de um novo benefício a estudantes da capital. A ideia é que os jovens recebam um cartão que dê acesso a academias de ginástica e aulas de inglês no contraturno escolar. O anúncio foi feito pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), na noite desta terça-feira (29/10/2019).
Ainda não há detalhes sobre como o benefício funcionará nem quantos alunos terão acesso ao programa, chamado de Contraturno Digital. Entretanto, Ibaneis acredita que o projeto será aplicado em 2020.
“Vamos ser exemplo em âmbito nacional. Preparamos muitas novidades para o próximo ano”, afirmou o governador. A proposta é tratada com integrantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Além disso, o chefe do Executivo local iniciou o preparo de uma licitação, junto à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), para ampliar escolas. A ideia é usar estruturas pré-moldadas, que tornam as construções mais rápidas. Essas unidades terão aparelhos de ar condicionado. “Estamos prevendo 500 módulos desses nas escolas”, disse.
O objetivo é priorizar os colégios que hoje não comportam a demanda da região. Com isso, muitos alunos são obrigados a estudar longe de casa. “Vamos ampliar escolas principalmente em áreas com grande número de alunos que precisam de transporte”, afirmou.
CED 01
As declarações de Ibaneis foram dadas durante cerimônia de posse do desembargador Robson de Freitas no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), após o governador ser questionado sobre a situação de estudantes do Centro Educacional 01 (CED 01) da Estrutural.
Os estudantes do local são transferidos todos os anos para outras unidades da região, a fim de abrir vagas para os alunos sequenciais das escolas classe 1 e 2 da mesma região administrativa. Por isso, estudantes do 5º, 6º e 7º anos da unidade sempre foram transferidos para outros colégios da rede, uma vez que o CED 01 não comporta todos os interessados. Devido às reclamações de pais e alunos, o GDF decidiu rever as transferências.
Até 2018, aproximadamente 400 alunos eram transferidos anualmente para outras unidades, seguindo critérios comuns de matrícula, como a proximidade da residência do estudante ou do local de trabalho dos responsáveis.
O CED 01 em questão é uma das quatro primeiras escolas que aprovaram a gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e Segurança Pública. Após protesto dos pais para que não haja transferência dos estudantes, o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, determinou um estudo de medidas para manter as crianças na instituição de ensino.
“Não esperava todo esse sucesso na gestão compartilhada. Vamos trazer uma medida emergencial para resolver as transferências, e já está em elaboração um projeto para complementar a educação dos nossos jovens. Serão atividades no turno contrário ao das aulas”, afirmou Ibaneis ao Metrópoles.