GDF: de 47 obras previstas, 21 estão em execução e 18, concluídas
Balanço integra relatório da Secretaria de Obras, que também aponta outras oito intervenções suspensas por problemas técnicos
atualizado
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Dos 47 contratos de obras assumidos desde o início da atual gestão, 21 estão em execução e 18, concluídos. Há ainda outros oito suspensos, rescindidos ou em fase de cancelamento. Os números integram o relatório de atividades de 2019 da Secretaria de Obras, ao qual o Metrópoles teve acesso.
O documento detalha a situação de cada uma das intervenções em andamento e o recurso destinado para a execução. O material não inclui, contudo, as obras tocadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e pelo Departamento de Estadas de Rodagem (DER).
Segundo o documento, que subsidia o balanço do primeiro ano de mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB), entre as intervenções finalizadas está a revitalização do primeiro trecho da W3 Sul, a um valor total de R$ 1.706.834,11, com paisagismo, arborização e melhorias de estacionamentos.
O governo também retomou o projeto do Setor de Rádio e Televisão Sul (SRTVS), que prevê melhorias para o deslocamento de pedestres, pessoas com deficiência e ciclistas.
“As intervenções consistem na ampliação e inclusão de novas calçadas, arborização, reformulação do acesso do ponto de ônibus da via W3 e configuração de rotas de pedestres. Por fim, está previsto novo ordenamento dos quiosques existentes no local”, pontua o documento.
SIA, EPTG e Vicente Pires
Entre as benfeitorias em execução, estão as obras de drenagem e pavimentação para o trecho denominado “rota de fuga”, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), e a construção do alargamento do viaduto da interseção da EPTG–EPCT (DF-001), que contempla os serviços de fundações e estruturas, do denominado trecho 10 do Corredor Oeste (Taguatinga).
Orçado em R$ 10,1 milhões, o projeto prevê a continuidade das vias existentes (IN-1 e IN-2) seguindo paralelamente à via férrea até o Conjunto Lúcio Costa, onde se incorporam à via marginal da Estrada Parque Taguatinga (EPTG).
“Cada uma das duas novas vias terá duas faixas de rolamento [mão dupla], com 7 metros de largura, calçadas e ciclovia, numa extensão total de 3,7 km”, pontua o documento.
Ainda segundo a pasta, a região de Vicente Pires foi uma das mais beneficiadas com obras no DF, com conclusão parcial ou total do asfaltamento de vias.
“O sistema de drenagem das ruas 3 e 8, responsável pela captação de boa parte da água das chuvas, está pronto e em funcionamento. Das 23 lagoas de detenção previstas no projeto, 14 estão concluídas e seis estão em fase final de execução. Do total de R$ 225 milhões investidos na região, R$ 80 milhões foram pagos em 2019”, registra o órgão.
Estrutural, Buritizinho e Sol Nascente
A construção da Feira Permanente da Estrutural, no Setor Central, é outra obra finalizada, ao custo de R$ 3.314.617,19. Há também a nova pavimentação asfáltica e a drenagem pluvial no Setor Habitacional Buritizinho, próximo a Sobradinho II, com investimento total de R$ 3.949.333,24.
No Setor Habitacional Sol Nascente, no Trecho 01, o previsto em contrato está pronto. “No Trecho 2, as obras encontram-se 90% concluídas. No Trecho 3, os serviços estão concentrados na execução das lagoas de detenção, fundamentais para a captação da água das chuvas. Até o momento, foram executados 67% das obras de drenagem e 12% de pavimentação.”
Segundo o relatório, a Secretaria de Obras está fazendo o levantamento do remanescente, e nova licitação contemplando toda a região do Sol Nascente deve ser realizada no primeiro semestre de 2020.
O documento aborda, ainda, os contratos que foram retomados desde a mudança de governo. Em Bernardo Sayão, por exemplo, as obras de infraestrutura nos lotes 2 e 3 do setor habitacional foram retomadas em julho e “estão com mais de 50% dos serviços de drenagem e pavimentação concluídos”.
Iluminação pública
De acordo com a Secretaria de Obras, nos 12 meses de 2019, foram investidos R$ 26,1 milhões em melhorias da iluminação pública do Distrito Federal.
Desse montante, R$ 9,9 milhões foram aplicados no programa de eficientização energética, e outros R$ 16,1 milhões na revitalização e melhoria dos espaços públicos.
“Ao todo, foram trocadas 13.119 luminárias convencionais por luminárias de LED, mais eficientes e econômicas”, pontua. Dentre os locais atendidos estão: Praça dos Orixás, Estação Arniqueiras, W3 Norte e Sul, EPTG, EPIG, Parque Águas Claras, Parque Olhos D’Água, fachada do Supremo Tribunal Federal, Praça das Palmeiras (Praça dos Três Poderes), Avenida Alagados (Santa Maria) e Feira Permanente de Vicente Pires.
Contratempos
De acordo com o GDF, algumas ações registraram contratempos. Entre as principais dificuldades, a presença de redes de água e esgoto operadas pela Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), redes elétricas da Companhia Energética de Brasília (CEB), além das clandestinas, ocasionaram “atrasos no cronograma”.
No caso das áreas com pendências fundiárias, a pasta explica que “foram necessárias negociações junto a chacareiros, proprietários de lotes, para a liberação das áreas necessárias à execução das obras, principalmente daquelas destinadas à implantação das lagoas de detenção das redes de drenagem”.
A pasta também aponta a imprecisão de projetos e orçamentos licitados como outro motivo para alguns atrasos. “Foram necessários diversos ajustes contratuais para inclusão de serviços não previstos e correção de quantitativos, entre outros. Como consequências, tais ajustes geraram diversas prorrogações de prazos.”
Confira: