GDF cria grupo de economia para enfrentar efeitos do coronavírus
Comércio sentiu consequências com queda de faturamento no último fim de semana. Ajuda do BRB começa a ser liberada nesta quarta-feira
atualizado
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Os primeiros números que mostram como o novo coronavírus está afetando a economia do Distrito Federal fizeram com que o governo e o setor produtivo se mexessem. De acordo com números do Sebrae, no primeiro fim de semana depois de decreto local que recomendou medidas contra a doença, o comércio teve queda de 70% no faturamento.
“Assino, hoje, decreto criando um grupo da economia com todas as entidades do DF: Associação Comercial, Fecomércio, Fibra, Sebrae. Todos aqueles que estão no cenário econômico para que possam nos trazer sugestões e a gente possa adotar tudo aquilo que sirva a fim de proteger o emprego, o comércio e renda do DF”, adiantou o governador Ibaneis Rocha (MDB).
Além dos efeitos já vistos, o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista) estuda antecipar as férias trabalhistas da categoria por temor ao avanço do novo coronavírus. A decisão levaria a suspensão das atividades de, pelo menos, 30 mil estabelecimentos comerciais, incluindo as lojas dos shoppings.
Enquanto o grupo não toma as primeiras iniciativas no sentido de fazer a economia local não ser tão atingida pelas consequências do coronavírus, algumas ações foram anunciadas. Nesta quarta-feira (18/03), por exemplo, o Banco de Brasília (BRB) lançará crédito de R$ 1 bilhão para ajudar o setor produtivo.
Contudo, a arrecadação local pode despencar mesmo assim. Por isso, segundo Ibaneis, o GDF vai acelerar as obras previstas para este ano. A Novacap antecipará a construção do Hospital Oncológico e do novo Instituto de Medicina Legal.
Segundo o diretor-presidente da Novacap, Candido Teles, o edital de licitação do Hospital Oncológico será lançado nos próximos dias. A obra está orçada em R$ 200 milhões. O novo IML depende apenas da liberação da Caixa Econômica Federal. O projeto custará R$ 80 milhões.
“Vamos apressar o passo para a construção das salas móveis nas escolas”, afirmou Teles. Do ponto de vista econômico, a grande preocupação do GDF é a queda da arrecadação, especialmente do ICMS, durante a crise do coronavírus.