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GDF corta carros alugados e adere ao Táxigov para reduzir gastos

Contrato com empresa responsável pelo serviço será assinado na terça (31/12/2019). Iniciativa aumenta transparência e controle, diz governo

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Palácio do Buriti
1 de 1 Palácio do Buriti - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Governo do Distrito Federal (GDF) vai terminar o ano com mudanças no modelo de transporte dos servidores. Está prevista para terça-feira (31/12/2019) a assinatura do contrato com empresa VIP Service Club Locadora e Serviços Ltda. para instituir o TáxiGov.

O serviço prevê a substituição gradual dos 246 carros alugados pelo Executivo local, começando com 25% já em janeiro de 2020. Após um ano com o novo modelo para deslocamento em funções de atividade de trabalho, a economia será de R$ 11 milhões por ano aos cofres públicos, como estima o GDF.

Levantamento realizado pela Subsecretaria de Contratos Corporativos da Secretaria de Economia mostra que o custo do quilômetro rodado pela frota de veículos locados durante 2018 foi de R$ 4,75. Por outro lado, o custo do quilômetro no novo modelo TáxiGov será de R$ 2,91, o que representará uma economia de quase 40%.

O serviço será acionado por meio de um aplicativo de transporte, pelo celular ou computador. É um modelo semelhante ao do Uber, 99, Cabify e outros do mercado.

O servidor entrará numa loja de aplicativos, vai baixar o app e fazer um cadastro. Em seguida, precisará de autorização para se locomover e realizar atividades em local diverso do seu posto de trabalho.

O aplicativo registrará viagens do servidor, paradas, atividades de ida e volta e evitará problemas como o do agora ex-chefe do Núcleo de Transportes da Secretaria de Economia Paulo Roberto Rosa de Sousa.

Nos últimos meses, Sousa foi flagrado usando carro oficial de maneira irregular. Desde outubro deste ano, ele era visto dirigindo o Renault Logan placa JKK 7918 fora do horário do expediente.

Além de buscar criança na escola e deixar o veículo em residência no Guará para pernoitar, ele foi fotografado pela reportagem do Metrópoles consumindo bebida alcoólica em um bar e dirigindo em seguida.

O carro usado por Paulo Sousa era totalmente custeado pelo governo. O servidor foi exonerado da função de chefia e responderá a processo administrativo disciplinar (PAD).

Para o secretário de Economia do DF, André Clemente, o novo modelo reforça uma política de gestão dos recursos públicos e governança adotada no governo de Ibaneis Rocha (MDB).

“Vamos reduzir o tamanho da administração pública distrital e melhorar a qualidade de seus serviços com tecnologia e inovação. A utilização do Táxigov reduzirá custos e aumentará a transparência. A frota de veículos e seus custos vão diminuir. Os recursos economizados serão gastos em saúde, educação e obras”, afirmou Clemente.

No governo federal

O serviço de transporte de servidores e colaboradores da administração pública em deslocamentos a trabalho com o uso de táxis começou a ser implementado no governo federal em março de 2017.

O objetivo é melhorar a oferta de serviços de transporte administrativo ao servidor, com economia, transparência de gastos públicos e eficiência. Na área federal, a medida já proporcionou economia de R$ 17,4 milhões aos cofres públicos, segundo o governo.

O GDF adotará o mesmo modelo. Em 19 de novembro deste ano, o Executivo local aderiu à ata do Ministério da Economia, que prevê o uso total de quilômetros para um ano em cerca de 3 milhões.

De acordo com a Secretaria de Economia, o novo sistema estará totalmente implantado a partir do início do mês de fevereiro de 2020.

Entenda o Táxigov:

Quanto vai gerar de economia por ano?
R$ 11 milhões.

Como?
Diminuindo o preço por quilômetro rodado e coibindo práticas irregulares que acarretam dano ao erário.

Como será usado?
O Táxigov é um aplicativo parecido com o modelo do Uber, 99 ou Cabify. As viagens feitas pelos servidores serão monitoradas e registradas a fim de acompanhamento do poder público.

Pode ser usado para quê?
Deslocamentos a trabalho, como reuniões, entrega de documentos, visitas técnicas e capacitação, além de viagens exclusivamente no local de lotação do servidor/colaborador.

Quais são os usos proibidos?
Viagens fora do local de lotação do servidor/colaborador; deslocamentos por interesse pessoal e/ou em viagens a passeio ou lazer; viagens entre residência e local de trabalho (exceto em casos de áreas de difícil acesso ou que não possuam transporte público regular).

Também é vetado o uso aos fins de semana, deslocamentos para aeroportos se o servidor receber indenização (adicional de embarque e desembarque) e uso por pessoas que não sejam da administração.

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