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Gay espancado por oito ficou desacordado em banheiro de bar no DF

Casal gay vítima de homofobia foi espancado por 8 homens dentro de banheiro em um bar de Ceilândia. Caso ocorreu na madrugada de terça

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Um dos gays agredidos com socos, chutes e empurrões por um grupo de oito homens no bar Original Eskina Bae, em Ceilândia Sul, ficou desacordado no chão do banheiro após o ataque.

Bruno Vieira de Miranda e seu namorado, Luís Carlos Gomes, ambos com 24 anos, foram vítimas de homofobia após não aceitarem dançar junto com um dos agressores. O caso aconteceu na madrugada dessa terça-feira (1º/10).

Os dois foram espancados dentro do banheiro do bar. Bruno (foto em destaque) foi enforcado e levou um golpe conhecido como mata-leão até desmaiar. Segundo Luiz, clientes que estavam no bar conseguiram parar as agressões. Eles também dizem que sofreram ameaças de morte e xingamentos.

“Lá fora vocês irão morrer, vamos esperar vocês lá fora, seus viados, bichas”, disse um dos agressores, segundo o casal informou à polícia.

Bruno sofreu diversos ferimentos no rosto. Luís cortou o pé e machucou a perna.

Espancamento

O casal aproveitava a noite com amigos e conhecidos do trabalho quando percebeu que um desconhecido estava dando risadas e fazendo comentários sobre eles. Segundo Luís, em dado momento, este homem o chamou para dançar perto do palco, mas o convite foi recusado educadamente.

Com isso, o rapaz começou a xingar os jovens e partiu para cima do casal. “Do nada, ele começou a falar: ‘Eu sou homem, eu não sou viado’. E aí começou a discutir com meu namorado. Então, eles dois começaram a discutir, começou um empurra-empurra. Nos jogaram para dentro do banheiro e foi quando começou, por volta de uns oito caras, agredindo meu namorado e eu”, contou Bruno.

As agressões ocorreram por alguns minutos até que uma equipe da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e a confusão, finalizada.

Segundo Bruno, no entanto, os policiais não levaram os envolvidos para a delegacia e foram atender outras ocorrências. O bar também não prestou ajuda após o ataque.

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“Tomei quatro pontos na testa e três na cabeça. Meu namorado está com as costas pisada, toda machucada. Ele levou quatro pontos no pé. […] Eu fico muito triste porque não imaginava que uma coisa dessa ia acontecer comigo. Sempre fui uma pessoa que soube me portar em todos os tipos de lugares que vou. Nunca imaginei que algo dessa forma fosse acontecer comigo. Então, eu queria muito que a justiça fosse feita, porque isso é inadmissível”, lamenta.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin). Um dos supostos já foi identificado. A Polícia Civil do DF (PCDF) investiga o caso.

Bar se posiciona

Em nota publicada nas redes sociais, o bar Original Eskina Bae lamentou o ocorrido e se dispôs a dar suporte jurídico, hospitalar e psicológico às vítimas.

O bar afirmou que não tolera nenhum tipo de discriminação com os clientes e que o ocorrido foi um caso totalmente fora da realidade do local que costuma receber diversos públicos, inclusive LGBTQIA+.

O estabelecimento se prontifica a colaborar com toda investigação policial para que os agressores sejam punidos. “O Original Eskina Bae lamenta o ocorrido e, em compromisso com nosso clientes e com a vítima, se coloca a disposição para maiores esclarecimentos”, concluiu.

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