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“Gatos” de energia elétrica causaram R$ 100 milhões de prejuízo ao DF

Com a finalidade de coibir ligações clandestinas na cidade, a CEB e a Polícia Civil firmaram parceria

atualizado

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Fios de energia elétrica
1 de 1 Fios de energia elétrica - Foto: Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

A ligação clandestina de energia detectada por técnicos da Companhia Energética de Brasília (CEB) na mansão da QL 18 do Lago Sul ocupada por um suposto casal invasor está longe de ser um caso isolado no Distrito Federal.

Segundo levantamento da companhia, as irregularidades, conhecidas como “gatos”, causaram prejuízo de quase R$ 100 milhões em apenas um ano.

De acordo com a empresa, só no segundo semestre de 2019 foram flagradas 62 mil ligações sem aval do poder público.

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O desligamento faz parte do procedimento de segurança para serviços como poda de árvores e troca de postes
Fios estavam soltos em rua
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O desligamento faz parte do procedimento de segurança para serviços como poda de árvores e troca de postes

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Fios estavam soltos em rua

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Morro da Cruz, Pôr do Sol/Sol Nascente, 26 de Setembro, Arniqueira, Ponte Alta e Vicente Pires são algumas das regiões em que os profissionais da CEB mais encontram gatos.

“Temos este prejuízo de R$ 96 milhões, mas, se considerarmos o que deixamos de arrecadar e o prejuízo causado pela sobrecarga na rede, temos mais R$ 50 milhões gastos com manutenção por ano”, revela Gustavo Alvares, diretor de Atendimento ao Cliente e Tecnologia da Informação da CEB.

Terceirização

A CEB firmou, no segundo semestre de 2020, contrato com empresas terceirizadas para atuar especificamente na fiscalização e combate às fraudes.

O contrato prevê a atuação de 22 equipes no enfrentamento às perdas oriundas dessas irregularidades – para realizar fiscalização, levantamento, triagem de medidores e retirada de ligações clandestinas. Neste primeiro momento, os grupos estarão em campo, verificando todas as denúncias já registradas na companhia e na Ouvidoria do GDF.

Em paralelo a essa ação, está sendo realizado um trabalho de inteligência interna. A CEB vai utilizar o cruzamento de suas bases de dados com o objetivo de identificar alterações nos padrões de consumo e de trazer eficiência no processo de fiscalização.

Parceria

Nesse sentido, em maio deste ano, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a CEB firmaram acordo de cooperação técnica com o intuito de coibir crimes praticados contra a distribuidora de energia e reduzir as perdas decorrentes de tais atos.

A iniciativa busca realizar um trabalho integrado para intensificar as operações de investigação e demais ações de repressão.

Ligações clandestinas, furtos de cabos de energia e transformadores, fraudes em medidores de energia elétrica e abalroamento de postes são exemplos de condutas que prejudicam o fornecimento de energia elétrica à população.

Além do prejuízo financeiro para a CEB, a prática coloca em risco pessoas em volta, pois cresce a chance de acidentes oriundos de uma descarga elétrica indesejada, curtos-circuitos ou até mesmo sobrecarga da rede.

Casal do barulho

Como mostrou a coluna Grande Angular, do Metrópoles, Rodrigo Damião e a companheira, Cristiane, moram atualmente em uma mansão na QL 18 do Lago Sul. Nas redes sociais, a mulher se apresenta como advogada. E ele disse à reportagem que é empresário do ramo da construção.

Os dois ficaram muito falados na rua em que vivem por conta das festas de arromba que costumam promover. A vizinhança toda toma conhecimento quando as comemorações ocorrem, pois o som é alto e a movimentação, intensa.

Ainda segundo apuração da coluna, a propriedade está sem fornecimento de energia desde 2016, quando o então responsável pelo imóvel pediu o desligamento.

Vistoria realizada pela CEB, na segunda-feira (21/9), identificou ligação clandestina na mansão. A gambiarra foi cortada no mesmo dia – porém, a casa continuou iluminada.

Técnicos terceirizados e da companhia fizeram uma ação com apoio da polícia para descobrir qual era a fonte e se havia furto de energia da CEB. No local, constataram que os moradores têm um gerador.

No entanto, o uso desse equipamento é autorizado desde que haja projeto elétrico e aprovação da CEB.

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