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Gatos, adoção e educação: projeto lança gatil em escola pública do DF

Projeto pioneiro no CEF 2 da Cidade Estrutural conta com espaço destinado aos gatinhos, construído com mão de obra de reeducandos da Funap

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Projeto de Gatil em escola
1 de 1 Projeto de Gatil em escola - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O Centro de Ensino Fundamental 2 (CEF 2) da Cidade Estrutural deu início a um projeto pioneiro com a construção de um gatil nas dependências da escola, focado em combater o abandono e os maus-tratos contra os animais no Distrito Federal.

Em parceria com o Instituto do Bem-Estar Animal (ICBEM), o projeto Educa + Pet chegou à escola para abordar temas importantes como a posse responsável, controle de zoonoses e adoção consciente.

A estrutura do gatil Pet Amigo foi planejada e o espaço construído pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), com mão de obra de reeducandos, destacando o caráter social do projeto.

Com foco na reabilitação animal e humana, o gatil oferece um espaço adequado para abrigar gatos em situação de vulnerabilidade, promovendo o bem-estar dos animais, enquanto estimula desde cedo o senso de responsabilidade e consciência social das crianças e proporciona a reeducandos uma oportunidade de aprendizado e reintegração à sociedade.

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Juliana com filhotinho de gato recebido pela escola
Juliana Gomes de Assunção, diretora do Centro de Ensino Fundamental 2 da Cidade Estrutural é gateira assumida
Juliana e Deuselita
Crianças aprendem na prática sobre o cuidado com os animais e o respeito ao meio ambiente
Gatil fica no CEF 2 da Cidade Estrutural
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Gata "funcionária" da escola: Melissa

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Juliana com filhotinho de gato recebido pela escola

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Juliana Gomes de Assunção, diretora do Centro de Ensino Fundamental 2 da Cidade Estrutural é gateira assumida

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Juliana e Deuselita

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Crianças aprendem na prática sobre o cuidado com os animais e o respeito ao meio ambiente

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Gatil fica no CEF 2 da Cidade Estrutural

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Além de cuidar dos animais, o projeto faz campanha de adoção

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Espaço conta com brinquedos para os gatos acolhidos

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Gatil foi construído por reeducandos

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Espaço acolhe gatinhos na escola pública

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Projeto foi criado para conscientizar e educar alunos sobre a importância do cuidado e respeito aos animais

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Focado em combater o abandono e os maus-tratos, o Educa + Pet promove atividades educacionais e interativas, visando formar uma geração mais responsável em relação à causa animal

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O gatil é todo fechado por tela e arame

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Na área aberta tem casinhas, arranhadores e brinquedos

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Projeto lança gatil em escola pública na Cidade Estrutural

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Escola procura parcerias para cuidar e castrar os animais

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O gatil Pet Amigo era vontade antiga da diretora da unidade pública de ensino, Juliana Gomes de Assunção. Gateira assumida, ela comemorou a construção do espaço com a ajuda de parceiros e da comunidade.

“Quando cheguei na escola, em 2018, eu já percebi que tinham gatos andando por aqui e uma pessoa da cozinha que os alimentava. Tenho cinco gatos em casa e comecei a cuidar dos animais junto com a cozinheira. Assim que assumi a direção da escola, eu queria um local próprio para eles. Penso muito na importância dos animais na tratativa com as crianças”, afirmou Juliana.

Juliana contou que a área construída para os gatinhos, estava sem destinação e muitas vezes serviu para que bandidos conseguissem entrar e furtar a escola.

“Resolvemos cercar o espaço para deixar os nossos gatos e começamos a trabalhar com isso. Recebemos os animais, cuidamos deles e só introduzimos o contato com as crianças quando eles estão 100% saudáveis. A ideia é que eles comecem a amar e aprendam a combater os maus-tratos aos animais”, disse.

“Temos uma gata, inclusive, que a consideramos como ‘funcionária’ da escola: a Melissa. Ela tem vida livre e fica nas nossas salas para dar suporte aos professores e alunos. Totalmente dócil e sociável”, completou a diretora do CEF 2.

Adoção

Hoje, cinco gatos ocupam o projeto pedagógico no gatil Pet Amigo do CEF 2. Juliana pede parcerias públicas e privadas para conseguir resgatar, reabilitar, vacinar e castrar os animais para encaminhá-los para adoção. Outros três filhotes foram recebidos e serão destinados para o gatil.

“Toda doação e serviço voluntário para nos ajudar é bem-vindo. Dentro do plano do projeto, pretendemos trazer parcerias para a nossa escola. Veterinários formados ou faculdades que queiram fazer uma clínica escola, estamos abertos a tudo isso. Também precisamos de ração, areia e o que mais quiserem doar aos nossos bichinhos. Basta fazer uma visita à nossa escola”, ressaltou Juliana.

Assista a entrevista com a diretora:

Estrutura

Construído por reeducandos da Funap, o caráter do projeto vai muito além de ser somente um abrigo para gatos, é uma verdadeira aula de cidadania e transformação.

“Nós tínhamos a ideia de implantar um gatil e um canil na nossa área agrícola e isso nunca saiu do papel. Quando soubemos que o CEF 2 decidiu construir, logo nos prontificamos a ajudar. Estamos à disposição de qualquer parceria para promover ações como esta. Nosso objetivo é ampliar cada vez mais essas oportunidades, fortalecendo parcerias e buscando sempre novas formas de qualificação”, destacou a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins.

Ao todo, quatro reeducandos atuaram na instalação por aproximadamente 15 dias. Colchões e feltros para o acabamento dos equipamentos também foram confeccionados pela oficina de costura realizada pela Funap.

Além da capacitação profissional, os reeducandos são remunerados com o equivalente a três quartos de um salário mínimo e, por meio da atividade, conseguem a remição da pena, que consiste na redução de um dia para três trabalhados, conforme o artigo 126, da Lei de Execução Penal. Todos os selecionados atendem a critérios técnicos, que observam questões como bom comportamento e a condição do cumprimento da pena.

Veja o depoimento da diretora-executiva da Funap:

O gatil é todo fechado por telas e arame e conta com área coberta e área aberta. Há no espaço diversas caminhas acolchoadas, estantes, caixas sanitárias e local para guardar ração e medicamentos. Na área aberta tem casinhas, arranhadores e brinquedos.

Comunidade, alunos e as famílias podem, de livre e espontânea vontade, ajudar a manter o gatil.

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