Gasolina sobe mais uma vez nos postos do DF e agora custa R$ 3,90
O reajuste foi de R$ 0,02 no litro da gasolina comum, agora vendida a R$ 3,90. Até sexta, o preço era de R$ 3,88
atualizado
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Desde que o cartel que estipula o preço dos combustíveis no Distrito Federal foi desbaratado pela Polícia Federal, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério Público do DF e Territórios, em novembro de 2015, a população tem a sensação de que continua sendo roubada quando abastece o veículo. Especialmente porque, ao invés de ver o preço do produto cair até R$ 0,20 — como se chegou a cogitar —, o brasiliense viu os valores nas bombas oscilarem ao menos quatro vezes, com três aumentos e uma módica redução. Quem abasteceu neste fim de semana em postos da Rede Gasol, controlada pelo Grupo Cascol, percebeu um novo reajuste, de R$ 0,02, no litro da gasolina comum, agora vendida a R$ 3,90. Até sexta, o preço era de R$ 3,88.
Em seis estabelecimentos visitados pela reportagem do Metrópoles, os quatro do Grupo Cascol já tinham aumentado os valores. Os demais mantinham o preço antigo. No Lago Sul, o posto BR da QL11 alterou de R$ 3,88 para R$ 3,90 o litro da gasolina comum. A aditivada passou de R$ 3,97 para R$ 3,99. Valores iguais aos dos postos BR da 202/203 Norte.Quem costuma abastecer na Asa Sul também vai notar a mudança. Postos BR das quadras 303 e 403 estão vendendo a gasolina pelo mesmo valor, a R$ 3,99. Segundo os frentistas, os valores foram alterados se sexta (18) para sábado (20). Eles não souberam informar se houve reajuste na refinaria. Questionada pela reportagem, a Cascol informou que não comenta sobre os preços de combustível.
O posto Jarjour, da 206 Norte, que já costumar ter valores inferiores ao demais, diminuiu em um centavo o preço da gasolina comum. na segunda-feira (14/3). O litro do combustível passou de R$ 3,86 para R$ 3,85.
Intervenção
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluiu, na última semana, o processo de escolha do administrador provisório para a execução da medida preventiva estabelecida pela rede Cascol Combustíveis. O escolhido para o cargo foi o administrador Wladimir Eustáquio Costa, com mais de 30 anos de experiência profissional no setor de combustíveis. A intervenção foi determinada depois da Operação Dubai, que no ano passado desmontou um esquema de combinação de preços entre donos de postos do Distrito Federal e Entorno.
Operação Dubai
Em 24 de novembro de 2015, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT, a Polícia Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram a Operação Dubai. Donos e funcionários das principais redes locais, como Cascol, BR Distribuidora, Ipiranga e Gasolline foram levados para a Superintendência da PF.
Segundo as investigações, o valor da gasolina era elevado em 20% para os consumidores. Além disso, o preço do álcool era aumentado para inviabilizar o consumo desse combustível nos postos da capital federal. Ainda de acordo com os investigadores, o prejuízo que apenas uma das redes causou para os brasilienses chegou a R$ 1 bilhão por ano.