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Gasolina comum sobe 62% no DF em quatro anos. Veja série histórica

A partir de dados da ANP, o Metrópoles preparou uma tabela com a série histórica desde 2018. Confira os preços ano a ano

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Gustavo Moreno/Metrópoles
frentista do posto shell abastece veículo com gasolina
1 de 1 frentista do posto shell abastece veículo com gasolina - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O setor de transportes foi o que apresentou maior deflação em julho no Distrito Federal, tendo queda de 6,45%. Isso porque os combustíveis tiveram redução de 18,54% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa terça-feira (9/8).

A gasolina abaixou 19,89% e o etanol, 13,45%. Por outro lado, o óleo diesel aumentou 5,07% no DF em julho.

Na série histórica com os números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de junho de 2018 ao mesmo mês de 2022, o aumento foi de 62%. Já o de julho, foi de 29%. 

Variação ao longo dos anos

No início de julho, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis no Distrito Federal. A decisão segue lei aprovada pelo Congresso Nacional que coloca teto de 17% a 18% na cobrança do ICMS pelos estados sobre combustíveis e energia.

Agora, a alíquota é de 18%. A mudança impactou na diminuição do preço da gasolina nas bombas, que registrou média de R$ 5,92 em julho, segundo a ANP.

No mês anterior, a média de preço estava em R$ 7,48. Isso representa um aumento de 62% em relação ao valor da gasolina comum em junho de 2018 no DF, quando o litro custava em média R$ 4,62.

Já se comparar julho de 2022 com o mesmo período de quatro anos atrás, o aumento foi de 29%, uma vez que a gasolina comum custava R$ 4,58 naquela época e agora caiu para uma média de R$ 5,92.

A partir de dados da ANP, o Metrópoles preparou uma tabela com a série histórica desde 2018.

Confira os preços ano a ano:

Motivos para a alta

O economista César Bergo, professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB), comenta que há alguns fatores que provocam essa alta da gasolina nos últimos anos. Um deles é o preço do dólar.

“O dólar deveria estar em R$ 3,80 naquela época e, hoje, está em R$ 5. Outro fator é o aumento do consumo. O Brasil não produz combustível suficiente para consumo interno, então precisa importar. Como dependemos de importadores, quando não tem no preço que o Brasil consegue comprar, pode haver aumento de preços”, assinala.

Além disso, a pandemia de Covid-19 e a crise internacional provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia também favoreceram a alta no preço dos combustíveis nos últimos tempos.

Bergo pontua ainda que Brasília é uma cidade em que há muito uso de veículo particular, então muitos moradores sentem o aumento no valor do litro da gasolina. “Aqui no DF tem essa questão das distâncias. É difícil abrir mão do carro”, comenta.

“Além disso, são o poucos os grupos que distribuem combustível e que ficam combinando preço. A ANP e o Procon precisam fiscalizar”, ressalta.

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apresentou queda de 0,98% em julho, em Brasília, ante a alta de 0,81% em junho. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (9/8).

No acumulado do ano, o IPCA  apresentou alta de 4,25% na capital federal, enquanto que nos últimos 12 meses, de 9,49%. No cenário nacional, o índice teve queda de 0,68% em julho, diante dos 0,67% do mês anterior. Essa foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, em janeiro de 1980. A última deflação no país, ou seja, queda de preços, ocorreu há dois anos.

A gasolina, dentro do índice, inclusive, ficou até até 21% mais barata nas capitais. Os valores variam de -8,97% a -21,57%. Na média, a baixa foi de 15,48% no país.

As variações negativas destes itens refletem a queda nos preços praticados nas refinarias da Petrobras e também a redução das alíquotas de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aplicada a partir da Lei Complementar nº 194, de 2022, sancionada no fim de junho.

Veja o percentual de queda da gasolina nas capitais pesquisadas pelo IBGE:

  • Goiânia: -21,57%
  • Brasília: -19,89%
  • Rio de Janeiro: -19,64%
  • Belo Horizonte: -17,88%
  • Curitiba: -17,17%
  • Vitória: – 17,09%
  • Salvador: -16,97%
  • Aracaju: -16,85%
  • Campo Grande: -15,09%
  • São Paulo: -13,62%
  • Rio Branco: -13,566%
  • Belém: -13,54%
  • Porto Alegre: -12,02%
  • Fortaleza: -11,33%
  • Recife: -9,87%
  • São Luiz: -8,97%

Na mesma esteira, o etanol também teve queda. Na média nacional a redução chegou a 11,38%. Rio de Janeiro (-15,74%), Goiânia (-15,37%) e Brasília (-13,45%) lideram as baixas.

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